Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 28 de março de 2013

BC eleva projeção de inflação em 2013 para 5,7%


BRASÍLIA, 28 Mar (Reuters) - O Banco Central piorou todas perspectivas de inflação para este e para o próximo ano, admitindo, inclusive, que a alta dos preços vai estourar o teto da meta no período entre abril e julho no acumulado em 12 meses.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, o IPCA ficará em 5,7 por cento neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,8 por cento; e em 5,3 por cento em 2014, acima da estimativa anterior, de 4,9 por cento. O BC estimou ainda em 5,4 por cento a inflação de 12 meses no primeiro trimestre de 2015.

Em um momento em que economistas dizem que o BC precisa elevar o juro básico, hoje em 7,25 por cento ao ano, para conter as pressões inflacionárias, o relatório de inflação mostra que a autoridade monetária calculou haver um risco de 25 por cento de a alta dos preços ficar acima do teto da meta neste ano e de 24 por cento no ano que vem.

Segundo o BC, a inflação acumulada em 12 meses vai estourar o teto da meta no segundo trimestre deste ano, chegando a 6,7 por cento, mas a partir daí ela começará a ceder.

Na semana passada, o IBGE informou que o IPCA-15, prévia do indicador oficial, acumulou nos 12 meses encerrados em março alta de 6,43 por cento.

No relatório desta manhã, o BC prevê também que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano crescerá 3,1 por cento.

PRÓXIMOS PASSOS

Para quem esperava uma sinalização mais clara do que pretende fazer a seguir para segurar a inflação, o BC preferiu reforçar a mensagem do comunicado divulgado após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), repetindo que "o comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

Apesar da inflação pressionada, boa parte do mercado acredita que o BC manterá a taxa básica de juros na reunião de abril do Comitê de Política Monetária, deixando para elevá-la a partir de maio, para encerrar o ano a 8,50 por cento.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem reforçado que, se necessário, ações de política monetária podem ser tomado e que, só a mudança na mensagem já trouxe "mudança relevante nas condições financeiras de modo geral".

Fonte: Reuters Brasil

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