Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Rumor sobre rating do Brasil leva dólar a 3° alta seguida


Sem novidades que pudessem gerar alguma alteração na perspectiva de elevação quase eminente da Selic, curva de juros futuros da BM&F Bovespa voltou a subir.

Rumores que percorreram as mesas do mercado financeiro doméstico nesta quarta-feira (13/3), sobre um possível rebaixamento na perspectiva do rating do Brasil pela Standard & Poor's, ainda que não confirmado, foi suficiente para gerar uma alta relativamente expressiva do dólar, que vinha próximo da estabilidade até então.

A moeda americana encerrou os negócios ante a brasileira com valorização de 0,35%, negociada a R$ 1,971 para venda.
Cotações de fechamento para venda em13/03/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,38665,0810
Canadá Dólar 1,90981,0274
Chile Peso 0,0042471,3000
China Iuan 0,31586,2149
Coreia do Sul Won 0,00181.097,6500
União Europeia Euro 2,54071,2950
Estados Unidos Dólar 1,96191,0000
Índia Rúpia 0,036154,3100
Japão Iene 0,020496,0300
México Peso 0,158212,4000
Paraguai Guarani 0,00054.070,000
Reino Unido Libra 2,92831,4926
Uruguai Peso 0,103519,0000
Rússia Rublo 0,063730,8000
Venezuela Bolivar Forte 0,31226,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

"Hoje não foi o real que perdeu, mas o dólar que se valorizou lá fora, e aqui ainda tivemos esse boato", afirma Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, avançava 0,38%.

O euro, principal divisa da cesta, perdia 0,63%, a US$ 1,2952.

A recente trajetória ascendente da moeda americana nesta semana pode levar a alguma correção na sessão seguinte, nota o gerente da Fair.

"O exportador pode aproveitar essa cotação um pouco mais alta do que estava sendo e vender", pondera.

Os dados de fluxo divulgados hoje pelo Banco Central (BC), que apontaram saída de US$ 368 milhões em março, até o dia 8, contribuíram para o movimento de alta do dólar.

Battistel explica que, no começo de mês, a tendência é realmente de um fluxo mais fraco de entrada de divisas. O início da safra agrícola brasileira tende a fazer essas entradas aumentarem nas próximas semanas, na avaliação do especialista.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva teve mais uma sessão de abertura, uma vez que não tivemos nenhuma notícia que pudesse diminuir a aposta reinante no mercado pela alta da Selic na reunião do Copom de abril e/ou maio.

Mais negociado, com giro de R$ 56,871 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subiu de 7,90% para 7,96%, enquanto o para janeiro de 2015 avançou de 8,62% para 8,70%, com volume de R$ 49,755 bilhões.

Os dados a serem divulgados amanhã pelo IBGE sobre as vendas no varejo em janeiro tendem a reforçar essa percepção.

Nesta quinta também será conhecida a ata do encontro da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao término da reunião, a sinalização passada pelo colegiado em seu 'statement' foi a de que os juros podem subir já no encontro seguinte, nos dias 16 e 17 de abril, uma vez que a resiliência da inflação tem consistentemente causado surpresas negativas.

Fonte: Brasil Econômico

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