O resultado mensal refletiu a maior demanda de recursos por parte das empresas, cujas operações registraram crescimento de 0,9%, ao passo que os empréstimos destinados às famílias cresceram 0,5%.
O saldo total de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 2,384 trilhões em fevereiro, registrando expansão de 0,7% no mês e 16,8% em doze meses, de acordo com dados do Banco Central (BC).
O resultado mensal refletiu a maior demanda de recursos por parte das empresas, cujas operações registraram crescimento de 0,9%, ao passo que os empréstimos destinados às famílias assinalaram incremento de 0,5%.
A relação crédito/Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se estável relativamente ao mês anterior em 53,4%, comparativamente a 48,8% em fevereiro de 2012.
Concessões
As concessões de crédito, que correspondem aos desembolsos realizados no mês, somaram R$ 254 bilhões em fevereiro, consideradas as operações com recursos livres e direcionados, com redução de 5,1% justificada pelo número menor de dias úteis, quatro a menos que em janeiro.
As concessões a pessoas físicas recuaram 7,9%, sobressaindo as reduções observadas nas modalidades de cartão de crédito à vista e aquisição de veículos, ao passo que, nos créditos às empresas, o declínio de 2,1% decorreu, sobretudo, de menores desembolsos relativos a financiamentos para investimento com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
O saldo dos empréstimos com recursos livres situou-se em R$ 1,395 trihões em fevereiro, após elevações de 0,5% no mês e 12,8% em doze meses.
A variação mensal resultou do acréscimo de 1% nas operações com pessoas jurídicas, saldo de R$ 698 bilhões, e da retração de 0,1% no estoque de recursos contratados pelas pessoas físicas, que totalizaram R$697 bilhões.
No segmento empresarial, destacaram-se os crescimentos referentes a financiamento a exportações e conta garantida, enquanto nos empréstimos às famílias, o aumento no saldo de crédito pessoal foi contrabalançado pela redução no total de crédito rotativo.
O crédito direcionado alcançou saldo total de R$ 989 bilhões em fevereiro, após aumentos de 1,1% no mês e 22,9% em doze meses.
Esse desempenho resultou de acréscimos mensais respectivos de 1,7% e 0,8% nos financiamentos a pessoas físicas e a pessoas jurídicas, cujas carteiras atingiram R$ 396,3 bilhões e R$ 592,7 bilhões, nessa ordem.
As expansões mais expressivas foram verificadas nos financiamentos imobiliários a pessoas físicas e no crédito rural a pessoas jurídicas.
Juros
A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computados os saldos com recursos livres e direcionados, situou-se em 18,7% ao ano (a.a.), ao registrar elevação de 0,1 ponto percentual (p.p.) em fevereiro e redução de 5,1 p.p no acumulado em doze meses.
A variação mensal foi determinada pelo aumento de 0,2 p.p. no custo médio das operações destinadas às famílias, que alcançou 24,9% a.a, com alta de 0,5 p.p. nos empréstimos com recursos livres, notadamente em crédito pessoal não consignado e cheque especial. A taxa média nos financiamentos a pessoas físicas com recursos direcionados permaneceu estável em 6,6% a.a.
No segmento corporativo, a taxa média de juros não apresentou variação em fevereiro, situando-se em 14% a.a, com diminuição de 4,2 p.p comparativamente a fevereiro de 2012.
O custo do crédito para pessoas jurídicas permaneceu estável no mês, tanto nas contratações com recursos livres, quanto naquelas com recursos direcionados, situando-se em 18,9% a.a e 7,6% a.a, respectivamente.
Inadimplência
A taxa de inadimplência, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, correspondeu a 3,7% do saldo total dos créditos com recursos livres e direcionados, apresentando-se estável em fevereiro e recuando 0,1 p.p. em doze meses.
O resultado mensal foi determinado pela estabilidade nas carteiras de pessoas jurídicas e pela diminuição de 0,1 p.p. no segmento de pessoas físicas, cujos percentuais situaram-se em 2,3% e 5,4%, respectivamente.
Nos créditos a pessoas jurídicas, a inadimplência não registrou alteração em fevereiro, permanecendo em 2,2%, o mesmo ocorrendo nos atrasos correspondentes a recursos livres e direcionados deste segmento, com indicadores de 3,7% e 0,5%, respectivamente.
Fonte: Brasil Econômico
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