Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Produtividade precisa aumentar para país crescer mais, diz Mantega





O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (21) que é preciso "reduzir custos e tributos" para tornar o Brasil mais competitivo no cenário internacional.

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega afirmou que a crise econômica mundial, "ainda não foi debelada".

Ele declarou que a economia brasileira inicia 2013 com condições internas e externas mais favoráveis que em 2012. Segundo o ministro, a economia nacional vem caminhando bem no primeiro trimestre.

Para Mantega, "o risco de ruptura financeira em 2013 está afastado" e que a tendência é de normalização. O ministro afirmou que a economia dos Estados Unidos "vem se recuperando gradualmente" e demonstrou maior preocupação com o continente europeu.

"A União Europeia ainda está combalida. Não deverá ter uma grande performance, um grande desempenho, mas não terá os problemas agudos que teve em 2012, com problemas financeiros que ameaçavam eclodir a qualquer momento", declarou.

Mantega afirmou que no ano passado, o crescimento do comércio internacional "foi medíocre" e disse que o governo espera "um quadro um pouco melhor". "Eu digo sempre, um pouco melhor, não é acentuadamente melhor, mas um crescimento de 4%", declarou.

Segundo o ministro, a crise financeira "exige uma série de providências e iniciativas dos países" que permitam a redução do custo de produção.

"Todo mundo busca reduzir custo para reduzir seus preços e ser mais competitivo. Não há alternativa, senão o Brasil ficará para trás na concorrência internacional, o que se intensifica nesse momento de crise. Não há outra alternativa se não aumentar nossa produtividade e competitividade. Isso se dá com redução de custos e também dos tributos, porque o Brasil tem tributos elevados", declarou.

Como exemplo das ações do governo brasileiro para reduzir os efeitos da crise, Guido Mantega destacou o crescente investimento do governo em infraestrutura nos setores de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, energia, petróleo e gás, totalizando R$ 470 bilhões nos próximos anos.

Mantega destacou ainda a linha de crédito de R$ 20 bilhões para os Estados, que segundo ele, terminará de ser liberada ainda no início deste ano, e a abertura de espaço fiscal para os governos estaduais investirem em novos projetos.

"Nos últimos dois anos, o governo liberou R$ 100 bilhões para todos os Estados brasileiros aumentarem sua capacidade de investimento. Nunca foi liberado um valor tão alto para Estados investirem", afirmou.

Mantega voltou a dizer, ainda, que os fundamentos da economia brasileira são sólidos, que a inflação está sob controle e que o governo seguirá trabalhando para que ela "não venha a atrapalhar o consumo e o crescimento do país e traga alguma intranquilidade".

Fonte: UOL Economia

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