Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dólar tem oitava alta em nove sessões, e fecha a R$ 2,01


A não intervenção do Banco Central (BC) para impedir que a cotação da moeda americana ultrapassasse o nível de R$ 2,00 trouxe a curva de juros futuros para cima.

O inesperado recrudescimento da crise fiscal na Europa, por conta do pequeno Chipre, levou o dólar a completar nesta quinta-feira (21/3) a oitava alta ante o real em nove sessões, e mostrou que o teto informal do governo não está fixado no patamar de R$ 2,00.

A moeda americana encerrou os negócios com valorização de 1,05%, cotada a R$ 2,011 para venda.

Cotações de fechamento para venda em21/03/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,39085,1025
Canadá Dólar 1,94641,0241
Chile Peso 0,0042472,8800
China Iuan 0,32086,2141
Coreia do Sul Won 0,00181.116,2500
União Europeia Euro 2,57611,2925
Estados Unidos Dólar 1,99311,0000
Índia Rúpia 0,036754,2875
Japão Iene 0,021095,0700
México Peso 0,161212,3645
Paraguai Guarani 0,00054.090,000
Reino Unido Libra 3,02511,5178
Uruguai Peso 0,105419,0041
Rússia Rublo 0,064530,9057
Venezuela Bolivar Forte 0,31726,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

A última vez que a alta do dólar no fechamento superou a casa de 1% foi em 30 de novembro do ano passado, quando subiu 1,62%, a R$ 2,13.

Além disso, a divisa não fechava acima de R$ 2,00 desde 28 de janeiro, quando ficou em R$ 2,0014.

"Os estrangeiros vinham com posições vendidas, e com esses acontecimentos no Chipre eles começam a desfazer posições", diz André Ferreira, diretor da Futura Corretora.

Na avaliação do especialista, a tendência é que o Banco Central (BC) volte a intervir quando a cotação da divisa dos Estados Unidos estiver ao redor de R$ 2,05, mas lembra que aparições de surpresa da autoridade não devem ser descartadas.

Ainda assim, a alta mais forte do real nesta quinta, afirma Ferreira, não decorreu de consultas do BC às mesas de câmbio.

"Se amanhã a alta continuar acima de 1%, pode acontecer alguma coisa, mas nunca é certeza".

Juros

A curva de juros futuros da BM&FBovespa, que operava próxima da estabilidade na primeira parte do sessão, ganhou força de alta pela tarde.

"Com o dólar acima de R$ 2,00, e como o BC não entrou, o mercado se assustou um pouco com a perspectiva da inflação", fala Paulo Petrassi, gestor da Leme Investimentos.

Mais negociado, com giro de R$ 28,701 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subiu de 7,80% para 7,84%, enquanto o para janeiro de 2015 avançou de 8,53% para 8,59%, com volume de R$ 25,555 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico

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