O cenário de elevação da taxa Selic, que se mostra cada dia mais factível, traz curva de juros futuros da BM&F Bovespa para cima.
A força de queda do dólar no mercado cambial doméstico, se este operasse sem amarras, junto com o objetivo do governo de impedir uma valorização do real que ultrapasse o patamar de R$ 1,95, prejudica a volatilidade dos negócios no pregão desta terça-feira (12/3).
Há pouco, a moeda americana tinha valorização de 0,20%, e era negociada a R$ 1,961 para venda.
Ainda assim, hoje a falta de mobilidade não é exclusividade nossa - o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, avançava 0,01%.
"O mercado está acomodado e sem motivos para oscilações, ante um fluxo equilibrado", diz Ricardo Gomes da Silva, da Correparti, em relatório.
A agenda enfraquecida de indicadores nesta terça não motiva grandes movimentações mesmo entre os índices acionários das principais Bolsas mundiais, o que é mais uma contribuição para o marasmo do câmbio.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, o cenário de elevação dos juros, que parece necessário tanto no curto como no médio e longo prazo, traz a curva para cima em todos seus vértices.
Mais negociado, com giro de R$ 15,185 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em junho de 2013 avançava de 7,06% para 7,10%, enquanto o para julho próximo subia de 7,22% para 7,24%, com volume de R$ 8,473 bilhões.
O DI para janeiro de 2014, por sua vez, passava de 7,83% para 7,87% (R$ 11,465 bilhões), o para janeiro de 2015, de 8,54% para 8,57% (R$ 10,908 bilhões), e o para janeiro de 2016, de 8,99% para 9,02% (R$ 1,734 bilhão).
"Mantega disse com todas as palavras que o governo está travando uma luta contra a alta dos preços e que essa batalha deve continuar até a carga fiscal se tornar compatível com a competitividade do país", diz Darwin Dib, economista-chefe da CM Capital Markets, em seu boletim diário.
"A confusão está lançada, o mercado está interpretando essas iniciativas como medidas de estímulo ao consumo, cuja consequência é uma inflação contratada mais à frente", emenda o especialista.
Fonte: Brasil Econômico
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