O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje que a recente apreciação na taxa da divisa americana não deve ter "impacto perceptível" sobre a inflação.
O dólar operou na maior parte do pregão desta terça-feira (26/3) em queda ante o real, quando encostou na mínima de R$ 2,002, desvalorização de 0,50%.
Cotações de fechamento para venda em | 26/03/2013 | ||||||
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Argentina | Peso | 0,3927 | 5,1210 | ||||
Canadá | Dólar | 1,9759 | 1,0167 | ||||
Chile | Peso | 0,0043 | 472,43 | ||||
China | Iuan | 0,3234 | 6,2123 | ||||
Coreia do Sul | Won | 0,0018 | 1.105,80 | ||||
União Europeia | Euro | 2,5828 | 1,2858 | ||||
Estados Unidos | Dólar | 2,0087 | 1,0000 | ||||
Índia | Rúpia | 0,0370 | 54,3700 | ||||
Japão | Iene | 0,0213 | 94,2300 | ||||
México | Peso | 0,1627 | 12,3450 | ||||
Paraguai | Guarani | 0,0005 | 4.110,00 | ||||
Reino Unido | Libra | 3,0440 | 1,5154 | ||||
Uruguai | Peso | 0,1073 | 18,9200 | ||||
Rússia | Rublo | 0,0650 | 30,9000 | ||||
Venezuela | Bolivar Forte | 0,3196 | 6,3000 | ||||
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico. |
Durante a tarde, no entanto, a trajetória inverteu e o dólar acabou em alta ante a moeda brasileira, embora os índices acionários das principais bolsas mundiais tenham dado prosseguimento à rodada de ganhos.
A divisa dos Estados Unidos fechou com elevação de 0,24%, cotada a R$ 2,017 para venda.
Com isso, desde o último dia 11, quando o dólar entrou nessa recente trajetória de alta, até hoje, a valorização da moeda chega a 3,6%.
Segundo os operadores do mercado, a reversão na queda do dólar ocorreu após declarações do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa. A autoridade falou que os ganhos da divisa nos últimos dias não causa "impacto perceptível" nos índices de inflação.
Uma ala do mercado esperava que o Banco Central (BC) atuasse para evitar que a cotação da moeda rompesse o teto de R$ 2,00, a fim de evitar reflexos altistas nos preços.
Já para Ítalo Abucater, especialista em câmbio da ICAP Brasil, a autoridade não deve dar as caras antes do patamar de R$ 2,05, nível esse que pode ser alcançado no curto prazo, dada a conjuntura atual.
"O mercado está bem mais tomador, e o fluxo é que está salvando", diz Abucater. "Se não tiver fluxo, o mercado segue tomador".
Embora ainda sustente a cotação do dólar próximo aos R$ 2,00, o fluxo está escasso, com os estrangeiros em busca de outras praças emergentes, que tenham uma mão mais leve do governo, como o México, pondera o especialista da ICAP.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva teve mais uma sessão de baixa movimentação, com os agentes em compasso de espera, no aguardo do "Relatório Trimestral de Inflação" que será conhecido nesta quinta-feira (28/3).
O viés de queda da primeira parte do pregão deu lugar a uma discreta abertura da curva no fechamento, em linha com a mudança na trajetória do dólar.
Mais negociado, com giro de R$ 37,461 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho próximo ficou nos mesmos 7,76% da véspera, enquanto o para janeiro de 2014 subiu de 7,76% para 7,80%, com volume de R$ 34,989 bilhões, e o para janeiro de 2015 avançou de 8,51% para 8,52%, com movimento de R$ 14,044 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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