Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 26 de março de 2013

Após declarações, dólar inverte tendência e fecha em alta


O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje que a recente apreciação na taxa da divisa americana não deve ter "impacto perceptível" sobre a inflação.

O dólar operou na maior parte do pregão desta terça-feira (26/3) em queda ante o real, quando encostou na mínima de R$ 2,002, desvalorização de 0,50%.

Cotações de fechamento para venda em26/03/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,39275,1210
Canadá Dólar 1,97591,0167
Chile Peso 0,0043472,43
China Iuan 0,32346,2123
Coreia do Sul Won 0,00181.105,80
União Europeia Euro 2,58281,2858
Estados Unidos Dólar 2,00871,0000
Índia Rúpia 0,037054,3700
Japão Iene 0,021394,2300
México Peso 0,162712,3450
Paraguai Guarani 0,00054.110,00
Reino Unido Libra 3,04401,5154
Uruguai Peso 0,107318,9200
Rússia Rublo 0,065030,9000
Venezuela Bolivar Forte 0,31966,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

Durante a tarde, no entanto, a trajetória inverteu e o dólar acabou em alta ante a moeda brasileira, embora os índices acionários das principais bolsas mundiais tenham dado prosseguimento à rodada de ganhos.

A divisa dos Estados Unidos fechou com elevação de 0,24%, cotada a R$ 2,017 para venda.

Com isso, desde o último dia 11, quando o dólar entrou nessa recente trajetória de alta, até hoje, a valorização da moeda chega a 3,6%.

Segundo os operadores do mercado, a reversão na queda do dólar ocorreu após declarações do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa. A autoridade falou que os ganhos da divisa nos últimos dias não causa "impacto perceptível" nos índices de inflação.

Uma ala do mercado esperava que o Banco Central (BC) atuasse para evitar que a cotação da moeda rompesse o teto de R$ 2,00, a fim de evitar reflexos altistas nos preços.

Já para Ítalo Abucater, especialista em câmbio da ICAP Brasil, a autoridade não deve dar as caras antes do patamar de R$ 2,05, nível esse que pode ser alcançado no curto prazo, dada a conjuntura atual.

"O mercado está bem mais tomador, e o fluxo é que está salvando", diz Abucater. "Se não tiver fluxo, o mercado segue tomador".

Embora ainda sustente a cotação do dólar próximo aos R$ 2,00, o fluxo está escasso, com os estrangeiros em busca de outras praças emergentes, que tenham uma mão mais leve do governo, como o México, pondera o especialista da ICAP.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva teve mais uma sessão de baixa movimentação, com os agentes em compasso de espera, no aguardo do "Relatório Trimestral de Inflação" que será conhecido nesta quinta-feira (28/3).

O viés de queda da primeira parte do pregão deu lugar a uma discreta abertura da curva no fechamento, em linha com a mudança na trajetória do dólar.

Mais negociado, com giro de R$ 37,461 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho próximo ficou nos mesmos 7,76% da véspera, enquanto o para janeiro de 2014 subiu de 7,76% para 7,80%, com volume de R$ 34,989 bilhões, e o para janeiro de 2015 avançou de 8,51% para 8,52%, com movimento de R$ 14,044 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário