Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 19 de março de 2013

Após sequência de altas, dólar devolve parte dos ganhos


Dados inflacionários em desaceleração contribuem para fechamento da curva de juros futuros da BM&F Bovespa.

Depois de seis altas seguidas, que aproximaram o dólar do teto informal do governo de R$ 2,00, a moeda americana tem uma sessão de ajuste para baixo nesta terça-feira (19/3).

Há pouco a moeda americana recuava 0,15%, negociada a R$ 1,986 para venda.

"O dólar segue o sinal de queda internamente com fluxo de entrada nesta manhã em torno de US$ 250 milhões, na contramão do comportamento da moeda lá fora", diz João Paulo de Gracia Corrêa, gerente da mesa de câmbio da Correparti, em relatório.

O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, operava próximo da estabilidade, com leve valorização de 0,06%.

"Não descartamos uma virada da moeda aqui", emenda o especialista.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva opera em baixa após o IGP-M e o IPC-Fipe confirmarem a desaceleração esperada pelos agentes.

Com giro de R$ 9,985 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 caía de 8,58% para 8,54%, enquanto o para janeiro de 2016 recuava de 9,07% para 9,02%, com volume de R$ 3,096 bilhões.

Segundo Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi, o maior debate entre os agentes no momento trata do impacto que será refletido no IPCA por conta da desoneração da cesta básica.

"Ao reduzir o preço, aumenta a demanda, e o varejo pode recompor a margem", pondera o especialista.

As primeiras coletas não indicam uma desaceleração significativa no preço dos alimentos, de acordo com o consultor da instituição nipônica.

Se integral, o impacto da desoneração da cesta no IPCA seria ao redor de 0,60%, mas Nakahodo acredita que será, no máximo, de 0,40%, a partir de março ou abril.

Em resposta à mais recente medida do governo com o objetivo de conter a alta dos preços, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus reduziram sua projeção para o IPCA ao final do ano de 5,82% para 5,73%.

Fonte: Brasil Econômico

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