Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Estudo lista obstáculos à criação de empregos em emergentes


A tão necessária geração de empregos em países em desenvolvimento pode ser impulsionada com a remoção de quatro obstáculos chave enfrentados por empresas do setor privado, diz um novo estudo publicado nesta segunda-feira.
Segundo o documento elaborado pela IFC (International Finance Corporation), integrante do Grupo Banco Mundial, esses obstáculos são um ambiente fraco de investimentos, infraestrutura inadequada, acesso limitado a financiamento para micro, pequenas e médias empresas e níveis insuficientes de treinamento e especialização.

"O setor privado é responsável por 9 entre 10 empregos nos países em desenvolvimento, e portanto desempenha um papel chave na criação dos necessários novos empregos e na promoção do crescimento", diz o estudo.
De acordo com a IFC, há cerca de 200 milhões de desempregados no mundo. Até 2020, será necessário gerar 600 milhões de empregos, principalmente nos países em desenvolvimento, somente para acompanhar o crescimento da população.
Segundo o estudo, 45 milhões de pessoas entram no mercado de trabalho a cada ano.
"No entanto, mais de um terço das empresas avaliadas ao redor do mundo não conseguiram encontrar funcionários com a qualificação necessária."

Brasil
O estudo cita dois exemplos positivos do Brasil. O primeiro é o programa de simplificação para micro e pequenas empresas introduzido em 1996, levando a um aumento de 12% na geração de empregos, reduzindo custos trabalhistas e aumentando o número de empresas no mercado formal.
O outro é o caso da empreiteira Odebrecht, que registou aumento de produtividade depois de contratar mais mulheres, "porque a mistura de gêneros resultou no desenvolvimento de novas maneiras de trabalhar", segundo a IFC.
De acordo com o relatório, barreiras legais, falta de acesso a financiamento e questões culturais muitas vezes forçam as mulheres em países em desenvolvimento a trabalhar em empregos menos seguros e com salários mais baixos.
Os jovens também são afetados e têm três vezes mais probabilidade de enfrentar o desemprego, além de serem mais propensos a trabalhar no setor informal.
"O desemprego é uma crise global, que é especialmente urgente nos países mais pobres", diz o vice-presidente executivo da IFC, Jin-Yong Cai.
Segundo o dirigente da entidade, promover a criação de empregos nos países em desenvolvimento oferece um caminho para que escapem da pobreza e deve ser prioridade.

Fonte: BBC Brasil

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