Em 2011, foi destinado US$ 1,4 bilhão para pesquisa. Este número deve ter se repetido no ano passado.
Os investimentos realizados em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) pela Petrobras saltaram de US$ 160 milhões no período de 2001 a 2003 para US$ 3,1 bilhões entre os anos de 2009 a 2011.
Somente em 2011, foram destinados US$ 1,4 bilhão para a área, volume de recursos que deverá se repetir e se confirmar no balanço de 2012 da estatal - somando US$ 4,5 bilhões de 2009 a 2012.
Os recursos, segundo Rodrigo Smolka, coordenador da Gerência de Relacionamento com a Comunidade de Ciência e Tecnologia do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), mostrou que o salto nos investimentos em P&D ajudou a alavancar o trabalho executado pelas redes temáticas.
Smolka explicou que o modelo tecnológico das redes da Petrobras é totalmente alinhado com o planejamento estratégico da empresa e na estratégia de longo prazo do plano de negócios de gestão. Smolka foi um dos palestrantes do seminário "Redes Temáticas: Boas ideias transformadas em projetos", promovido pelo grupo Ejesa, por meio dos jornais Brasil Econômico e O Dia, com patrocínio da Petrobras.
O encontro reuniu ontem, no Hotel Marriot, no Rio de Janeiro, cerca de 150 pessoas, entre empresários, fornecedores da cadeia de petróleo e gás, estudantes e acadêmicos ligados a centros de pesquisa do país.
"Dentro dos objetivos de negócios da Petrobras, o portfólio de desafios tecnológicos da empresa tem que atender metas de curto prazo e a também a uma visão de futuro no horizonte de 2020, 2030", comentou ele.
Smolka ressaltou que a partir da estratégia definida, são criados os eixos principais. Entre eles está o aumento da produtividade, expansão das fronteiras tecnológicas, diversificação de produtos e sustentabilidade. Itens sempre presentes em todas as ações. Ele acrescentou, ainda, que, dentro dos gastos com P&D pela Petrobras, 48% do total, são destinados à área de Produção.
Smolka também comentou a integração na busca por ideias em inovação. Ele destacou que o trabalho desenvolvido pelas redes temáticas não vem apenas dos funcionários e pesquisadores da Petrobras.
"Temos a Petrobras, o Cenpes, as universidades e institutos locais e estrangeiros, além de fornecedores e outras operadoras nesse trabalho conjunto, buscando acelerar os métodos de desenvolvimento de tecnologia e inovação para resultados em negócios. O que fazemos é estimular o trabalho da tecnologia colaborativa e incluir também os fornecedores", diz.
Nos últimos três anos, segundo Smolka, dos US$ 3,1 bilhões investidos em pesquisa e desenvolvimento, 52% vão para Cenpes, 25% para parcerias com institutos de pesquisa; 19% para empresas nacionais e 4% para empresas no exterior.
Também para garantir recursos para pesquisa e inovação, 0,5% da receita bruta dos campos de exploração de petróleo listados na categoria de alta produtividade são revertidos para pesquisa e desenvolvimento. Somente no Cenpes estão empregadas duas mil pessoas, 1.267 com nível superior. Deste total, 38% têm mestrado e 19% doutorado.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para cada pesquisador da Petrobras, há outros 15 externos ligados aos projetos.
Aracéli Cristina de Souza Ferreira, Pró-Reitora de Gestão e Governança da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que participou da abertura do evento, juntamente com o Diretor Adjunto do jornal Brasil Econômico, Octávio Costa, destacou a necessidade de que os exemplos encontrados nas áreas de pesquisa, tecnologia e inovação, sejam seguidos pelo meio acadêmico em diferentes setores, para que seja possível pensar o país com uma visão de futuro sustentável.
"O desenvolvimento se faz quando temos a grandeza de distribuir o conhecimento", disse.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário