Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Bancos e Vale pressionam e Ibovespa opera em baixa


O resultado do Bradesco no quarto trimestre decepciona os investidores e puxa para baixo as ações do setor financeiro. Além disso, os papéis da Vale contribuem para a queda.

Pressionado por papéis específicos do setor doméstico, o Ibovespa se descola dos principais mercados mundiais, pautado por questões que se arrastam desde a semana passada.

Há pouco, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,68%, aos 60.751 pontos. O giro financeiro estava em R$ 2,19 bilhões.

De acordo com João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos, o setor bancário, a Vale e as elétricas estão puxando o índice para baixo.

O Bradesco anunciou nesta segunda-feira (28/1) lucro líquido de R$ 2,893 bilhões no quarto trimestre de 2012, alta de 6,1% em comparação com igual período do ano anterior.

"O resultado foi mal recebido pelos investidores, que esperavam valores melhores. No entanto, na nossa avaliação, o lucro está de regular a bom", pontua o analista.

Em meio a isto, as ações do setor bancário despencam, com os papéis do Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) recuando 1,32%, 1,51% e 1,89%, respectivamente.

Outra empresa que está pesando no Ibovespa é a Vale (VALE5). De acordo com Brugger, as declarações de Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, de que o governo vai tentar cobrar os royalties no valor de R$ 4 bilhões ainda prejudica o desempenho do papel que, há pouco, caía 1,19%. Os investidores estimavam algo em torno de R$ 1,4 bilhão.

Além disso, as empresas do setor elétrico também apresentam perdas. "Após o anúncio das reduções, a questão que assombra os investidores é saber qual será o impacto disso nos balanços futuros", destaca.

Neste sentido, a AES Tietê (GETI4) e Eletrobras (ELET6) recuam 2,98% e 3,16%, nesta ordem.

Nos Estados Unidos, indicador positivo leva Wall Street a seguir na sequência de maiores altas desde 2004.

O número de pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria americana teve alta de 4,6% em dezembro, ante o mês anterior, enquanto as projeções apontavam para avanço de 1,6%.

Neste cenário, o Dow Jones sobe 0,09%, o S&P 500 avança 0,01% e o Nasdaq acelera 0,24%.

Na Europa, em função de agenda econômica vazia, as principais bolsas da região engrenam em tendência positiva, após abertura dos Estados Unidos.

O CAC 40, de Paris, tem acréscimo de 0,26%; o DAX, da Alemanha, ganha 0,05%; e o FTSE 100, de Londres, cresce 0,38%.

Destaques

Entre as maiores altas, as ações da Dasa (DASA3) e da Ultrapar (UGPA3) têm valorização de 2,42% e 2,24%, respectivamente.

Na outra ponta, os papéis da Fibria (FIBR3) e da Light (LIGT3) perdem 3,59% e 3,53%, nesta ordem.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em baixa de 0,73% em relação ao real, cotado a R$ 2,011 na venda e R$ 2,013 na compra.

Fonte: Brasil Econômico

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