Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dólar volta a cair, mas segura patamar de R$ 2,04


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa termina pregão com alta significativa como reflexo do Copom.

O dólar operou no câmbio doméstico em sintonia com o movimento que prevaleceu no exterior.

Após duas altas seguidas, a moeda americana encerrou os negócios ante a brasileira com queda de 0,19% nesta quinta-feira (17/1), cotada a R$ 2,040 para venda.

Cotações de fechamento para venda em17/01/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,41264,9500
Canadá Dólar 2,07180,9853
Chile Peso 0,0043473,6300
China Iuan 0,32846,2160
Coreia do Sul Won 0,00191.058,2500
União Europeia Euro 2,72361,3344
Estados Unidos Dólar 2,04111,0000
Índia Rúpia 0,037554,3950
Japão Iene 0,022989,3100
México Peso 0,162012,6046
Paraguai Guarani 0,00054.250,000
Reino Unido Libra 3,25881,5966
Uruguai Peso 0,105819,4000
Rússia Rublo 0,067430,2883
Venezuela Bolivar Forte 0,47594,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

Como base de comparação, o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,19%.

"A inflação continua sendo o ponto de atenção. A parte do câmbio não é a prioridade do Banco Central (BC) nesse momento", afirma Geraldo Alves, gerente de operações da Fitta DTVM.

A volatilidade reduzida que tem dominado o câmbio neste início de ano deve persistir até o Carnaval na avaliação do especialista. "Não vejo cenário nenhum para grandes variações nos próximos 15 dias", fala Alves.

No acumulado de 2012, o dólar apresenta desvalorização também de 0,19%.

A preocupação com a inflação externada pela autoridade monetária na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dá mais fôlego a aposta de alguns analistas do mercado, de que poderemos observar uma taxa de câmbio abaixo de R$ 2,00 durante o ano para ajudar no controle de preços.

"Essa possibilidade não pode ser ignorada", diz o diretor da Fitta. "Pode acontecer sim", acrescenta.

Juros

O dia foi de expressiva abertura na curva de juros futuros da BM&FBovespa, após o Copom sinalizar preocupação com a piora na inflação corrente de curto prazo, que enfraquece a ala do mercado que ainda esperava por reduções adicionais na taxa básica de juros (Selic).

Mais negociado, com giro de R$ 46,421 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subiu de 7,15% para 7,20%, enquanto o para janeiro de 2015 avançou de 7,76% para 7,87%, com volume de R$ 36,873 bilhões.

"Aumentou a possibilidade de um cenário de manutenção da Selic nos patamares atuais, em relação ao cenário básico de quedas futuras", diz em relatório o Itaú, casa que ainda aposta em uma queda de um ponto percentual na taxa básica em 2013.

Desde o último encontro do colegiado em 2012, nota Flávio Combat, da Concórdia, o cenário inflacionário piorou consideravelmente - a confirmação do governo do reajuste dos combustíveis; a entrada em operação das termoelétricas, que sinaliza aumento no custo da energia; e o persistente recuo da taxa de desemprego.

A manutenção da Selic em 7,25% é o cenário com que trabalha Combat. No entanto, o especialista não descarta a adoção das "medidas macroprudenciais" para controlar o crédito e a liquidez do mercado, caso a inflação as façam necessárias.

Fonte: Brasil Econômico

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