Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Brasil aumenta presença nos países asiáticos


Mesmo com queda das exportações à China, Brasil aumenta sua presença na Ásia

O ano que passou não foi tão bom para a balança comercial brasileira como nos anos anteriores já que fechou deficitária em R$ 10,4 bilhões, na comparação com 2011. Em 2012, a China, principal parceiro comercial do país, comprou 7% menos do Brasil enquanto que os brasileiros passaram a comprar mais 4,4% de produtos Made in China. Contudo, um olhar mais atento às exportações e importações brasileiras registradas no ano anterior percebe sinais do que pode estar se tornando uma boa alternativa comercial para o Brasil. E não é preciso nem sair do continente asiático para confirmar essa tese, observada por Lia Valls, pesquisadora da área de Economia Aplicada do FGV/IBRE.

Pesquisa realizada pela equipe coordenada pela pesquisadora aponta que as vendas para os países asiáticos, exceto China e Japão, cresceram 14,1%. A Índia é o mercado que mais cresceu de 2011 para 2012, além de países como Cingapura, Hong Kong, Tailândia, Filipinas, Indonésia e Formosa.  “Agora a Índia é o terceiro principal mercado do Brasil na Ásia, atrás apenas da China e Japão. O déficit de R$ 2,4 bilhões registrado em 2011 caiu para R$ 94 milhões. O aumento da exportação brasileira para a Índia, que pode estar ligado ao aumento das vendas de produtos eólicos para lá, subiu 52% enquanto que as importações caíram 13%”.

Além disso, os estudos feitos pelo FGV/IBRE também apontam que houve diversificação na pauta exportadora brasileira no ano passado. Porém, Lia alerta que esse resultado deve ser pontual.  “Dá para perceber que a pauta de exportações esteve menos concentrada em 2012. Porém, isso ocorreu, principalmente, devido a queda da exportação de minério e, em contrapartida, do aumento da exportação de óleo combustível — que em 2011 representava 18% do total da pauta exportadora e hoje responde por 12% — e dos manufaturados, como aviões”, explica Lia.

Fonte: FGV/IBRE

Nenhum comentário:

Postar um comentário