Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dólar termina janeiro com desvalorização de 2,69%


Da queda acumulada no mês, boa parte (-1,92%) foi apenas nesta semana, após o Banco Central (BC) sinalizar a utilização do câmbio como instrumento para conter a inflação.

Após um início de semana conturbado, o dia foi um pouco mais tranquilo no mercado cambial doméstico.

A briga pela Ptax no último dia do mês fez o dólar operar em queda frente ao real na primeira parte da sessão, com os vendidos prevalecendo sobre os comprados.

Pela manhã, quando ocorria a disputa, a taxa da divisa bateu na mínima de R$ 1,9840, quando recuava 0,25%. A taxa Ptax de janeiro encerrou fixada em R$ 1,9883.

Cotações de fechamento para venda em31/01/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,39954,9800
Canadá Dólar 1,98671,0009
Chile Peso 0,0042471,4000
China Iuan 0,31976,2195
Coreia do Sul Won 0,00181.088,8300
União Europeia Euro 2,69871,3573
Estados Unidos Dólar 1,98831,0000
Índia Rúpia 0,037453,2300
Japão Iene 0,021891,2100
México Peso 0,157012,6695
Paraguai Guarani 0,00054.185,000
Reino Unido Libra 3,14251,5805
Uruguai Peso 0,104119,1700
Rússia Rublo 0,066230,0410
Venezuela Bolivar Forte 0,46354,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

Após a disputa dos investidores em relação a Ptax, a moeda americana experimentou uma reversão, e passou a valorizar-se frente ao real - encostou na máxima de R$ 1,9930, ao subir 0,20%.

No entanto, conforme se aproximava o fechamento do pregão, a estabilidade voltou a prevalecer, e fez com que o dólar terminasse com ganho ligeiro de 0,05%, a R$ 1,990 para venda.

No acumulado de 2013, a moeda americana tem depreciação de 2,69%, boa parte dela atrelada ao movimento ocorrido nesta semana, quando as perdas da divisa alcançaram 1,92%.

Os dados do fluxo cambial divulgados ontem pelo BC, que apontaram uma saída de US$ 2,692 bilhões em janeiro, até o dia 25, podem representar uma barreira a ser transposta pela autoridade em sua missão de valorizar o real.

Ainda assim, com as reservas internacionais na casa dos US$ 377 bilhões, o fluxo negativo pode dificultar, mas não impedir o real mais forte, diz Ítalo Abucater, especialista em câmbio da ICap Brasil.

Além das reservas, o BC já anunciou nesta quinta-feira (31/1) uma nova medida para facilitar a entrada de dólares no país - a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros em aquisição de cotas de fundos de investimento imobiliário (FII) foi zerada.

"Se porventura o fluxo ficar mais positivo, o governo pode acertar um tiro no pé, direto no exportador", pondera Abucater, que não acredita em uma retomada consistente do fluxo de entrada no curto prazo.

Juros

Os dados do mercado de trabalho divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impulsionaram uma abertura da curva de juros futuros da BM&FBovespa.

Mais negociado, com giro de R$ 23,130 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subiu de 7,91% para 7,95%, enquanto o para janeiro de 2016 avançou de 8,48% para 8,50%, com volume de R$ 3,304 bilhões.

Em dezembro, a taxa de desemprego caiu para o menor percentual de toda a série histórica, ao atingir 4,6%. Em novembro, o indicador estava em 4,9%.

"Diante da nossa expectativa de aceleração moderada da economia nos próximos trimestres, acreditamos que a taxa de desemprego deverá se manter em patamar baixo e a renda real em expansão ao longo deste ano", afirma Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, em relatório.

Fonte: Brasil Econômico

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