Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Com baixa volatilidade, dólar volta a fechar a R$ 2,03


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa fecha em queda após nova redução na estimativa para o crescimento do PIB brasileiro em 2013.

A falta de tendência que prevaleceu em todos os mercados nesta segunda-feira (14/1) de agenda esvaziada não poupou o câmbio brasileiro.

O dólar encerrou os negócios frente ao real com leve desvalorização de 0,14%, cotado a R$ 2,033 para venda.
Cotações de fechamento para venda em14/01/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,41114,9490
Canadá Dólar 2,06160,9864
Chile Peso 0,0043473,1000
China Iuan 0,32696,2213
Coreia do Sul Won 0,00191.056,2500
União Europeia Euro 2,71541,3354
Estados Unidos Dólar 2,03341,0000
Índia Rúpia 0,037354,5100
Japão Iene 0,022889,1900
México Peso 0,160612,6649
Paraguai Guarani 0,00054.260,000
Reino Unido Libra 3,26461,6055
Uruguai Peso 0,105419,5000
Rússia Rublo 0,067230,2610
Venezuela Bolivar Forte 0,47414,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.


O Dollar Index, índice que mede a variação da moeda contra uma cesta de divisas, recuava apenas 0,04%.

Mesmo entre os índices acionários, o dia foi de rumos opostos - o Dow Jones subia 0,14%, enquanto o S&P 500 descia 0,26%.

Entretanto, a falta de mobilidade dos demais mercados tende a se alterar nos próximos dias, expectativa essa que não é compartilhada no câmbio brasileiro.

"O Banco Central (BC) não pode operar com a moeda, tem de corrigir as distorções, mas não é o que ele vem fazendo", diz André Ferreira, diretor da Futura Corretora.

"A gente fica sem saber se o piso é R$ 2,00, se vão deixar a taxa escorregar para R$ 1,90 por conta da inflação. Não dá para saber", pondera o especialista.

Uma forte interferência do estado, em um pequeno espaço de tempo, afasta os investidores, que optam por mercados mais livres, e deixam o interno com poucos negócios.

"Os grandes investidores não trabalham no ambiente que o Brasil está proporcionando", nota Ferreira. "A mão do estado está muito pesada", emenda.

Juros

A maior preocupação do governo com a recuperação da atividade do que com a trajetória ascendente da inflação levou os operadores do mercado de juros futuros da BM&FBovespa a olharem mais a nova redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) no boletim Focus, do que a alta no IPCA.

Mais negociado, com giro de R$ 12,691 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 caiu de 7,71% para 7,69%, enquanto o para janeiro de 2016 diminuiu de 8,20% para 8,18%, com volume de R$ 1,985 bilhão.

"Acredito que esse PIB vai continuar corrigindo para baixo, o que deixa pouco espaço para o DI fazer algum movimento de alta, por mais que a inflação esteja carregada", pondera o diretor da Futura.

Os economistas consultados pelo BC para o boletim Focus desta semana reduziram sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2013 de 3,26% para 3,20% - estava em 3,40% há um mês.

Ao mesmo tempo, os especialistas também elevaram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, de 5,49% para 5,53%.

O atual cenário-base com que trabalha Ferreira prevê a Selic nos atuais 7,25% ao longo de todo 2013, assim como seus colegas consultados para o Focus.

No entanto, se este ano for uma repetição do passado, e tivermos uma nova decepção com a expansão econômica, o diretor entende que novas reduções na Selic não podem ser descartadas.

Fonte: Brasil Econômico

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