Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Acordo fiscal nos EUA e China impulsionam Ibovespa


Notícias positivas externas disseminam bom humor no setor de commodities. Vale, Petrobras, OGX e Usiminas disparam e puxam para cima o principal índice da bolsa brasileira.

O tão esperado acordo fiscal nos Estados Unidos e o início do ano espalharam um viés de alta entre os principais mercados mundiais nesta quarta-feira (2/1), primeiro dia últil de 2013, gerando um forte apetite ao risco.

Há pouco, o Ibovespa operava com avanço de 3,01%, aos 62.788 pontos. O giro financeiro estava em R$ 2,71 bilhões.

O acordo aprovado pela Câmara dos Representantes para evitar o "abismo fiscal" nos Estados Unidos prevê que os americanos que recebem mais de US$ 400 mil por ano (ou US$ 450 mil se for um casal) pagarão mais imposto de renda.

Além disso, o corte de gastos de programas do governo foi postergado por dois meses. No projeto aprovado pelo Congresso americano, os benefícios aos desempregados foram mantidos por mais um ano.

O acordo para evitar o abismo fiscal não menciona, porém, a elevação do teto da dívida pública americana, que chegou ao limite e precisa ser aumentado. De acordo com o presidente Barack Obama, o melhor a se fazer é outro acordo.

De acordo com Adriano Moreno, economista-chefe da FuturaInvest, o mercado já esperava por este desfecho. "O acordo mostra que há um risco a menos nos mercados. É normal esse surto de euforia, colaborado também pelo início do ano, que tende a ser sempre melhor. O importante é que o risco sistêmico diminuiu", pontua.

Moreno destaca ainda que este bom humor será observado no curto prazo, no entanto, sem um motivo consistente. "Vale lembrar que os Estados Unidos ainda terão batalhas políticas severas e mais desgastantes. Não acredito que este otimismo deva continuar nos próximos meses", complementa o estrategista.

Em meio a este cenário, Wall Street também opera com ganhos. Em instantes, o Dow Jones subia 1,77%, o S&P avançava 1,69% e o Nasdaq crescia 2,77%.

Outra notícia que deixou os investidores animados é que a atividade do setor industrial da China ficou estável em dezembro, a 50,6 pontos, igualando-se à maior alta em sete meses registrada em novembro.

O resultado positivo contribui para a valorização das empresas ligadas ao setor de commodities, uma vez que sinaliza continuidade na demanda.

Há pouco, as ações da Vale (VALE3), Petrobras (PETR3), Usiminas (USIM5) e OGX (OGXP3) disparavam 5,25%, 3,68%, 5% e 6,39%, nesta ordem. Todos os papéis configuram entre as maiores altas na sessão.

Na Europa, indicadores negativos, que já eram esperados, ficaram em segundo plano diante dos Estados Unidos e China. Perto do fechamento, o CAC 40, de Paris, tinha acréscimo de 2,33%, o DAX, da Alemanha, avançava 2,19% e o FTSE 100, de Londres, expandia 2,39%.

A atividade industrial na Zona do Euro recuou de 46,2 pontos em novembro para 46,1 pontos em dezembro. Este é o 14º mês consecutivo que o índice fica abaixo da marca de 50 pontos, indicando contração na atividade. O resultado mostra também possível aprofundamento na recessão, de forma bastante significativa, no último trimestre.

Destaques

Entre as quedas, as ações da MRV Engenharia (MRVE3) lideram as baixas, com retração de 3,42%, seguidas pelos papéis da Ultrapar (UGPA3), com baixa de 1,17%.

A construtora informou hoje que uma de suas filiais foi incluída no cadastro de empregadores do Ministério do Trabalho, no qual lista empresas que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo.

Segundo a empresa, a investigação foi feita em 2011 e a empresa terceirizada não presta mais serviços à companhia desde então.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em queda de 0,04%, cotado a R$ 2,0400 na compra e R$ 2,0420 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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