Trata-se da décima queda consecutiva da taxa básica de juros, renovando o mínimo histórico.
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optaram nesta quarta-feira (10/10) por continuar a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic), derrubando-a para 7,25% ao ano.
Sem viés, a decisão de política monetária não foi unânime pela redução da Selic em 0,25 ponto percentual, uma vez que cinco membros votaram a favor do corte e três, pela manutenção da taxa básica de juros em 7,50% ao ano.
Para argumentar a atualização da referência econômica, o BC considerou o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional.
"O Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear", afirma a autoridade monetária, em nota.
Trata-se da décima queda consecutiva da taxa básica de juros, renovando o mínimo histórico. O BC começou a reduzir a Selic em 31 de agosto de 2011, quando o juro estava em 12,5% ao ano.
Nome | Voto |
Alexandre Tombini | -0,25 p.p. |
Aldo Luiz Mendes | -0,25 p.p. |
Altamir Lopes | -0,25 p.p. |
Anthero de Moraes Meirelles | manutenção |
Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo | manutenção |
Luiz Awazu Pereira da Silva | -0,25 p.p. |
Sidnei Corrêa Marques | manutenção |
Luiz Edson Feltrim | -0,25 p.p. |
A penúltima decisão do Copom neste ano ocorreu sob um mercado dividido sobre os rumos da política monetária no Brasil.
A primeira sinalização, trazida pelo Relatório Trimestral de Inflação, era de que o BC manteria o juro básico em 7,5% até o segundo trimestre de 2013, uma vez que, no documento, a autoridade monetária alterou o viés para as perspectivas de inflação de "favorável" para "neutro", conforme observou a Citi Corretora, em relatório assinado por Fernando Siqueira.
Tal expectativa também consta do último boletim Focus, em que economistas consultados deixaram inalterada a previsão para a Selic ao final deste ano, em 7,5%.
As apostas começaram a se diversificar após a divulgação do dado de produção industrial de agosto, cujo desempenho veio abaixo do previsto ao subir 1,5% frente a julho.
No entanto, foram as declarações do diretor de assuntos internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, que determinaram a falta de consenso.
A autoridade afirmou que o cenário externo continua fragilizado, e que o BC deveria seguir calibrando sua política monetária para compensar essa influência negativa do ambiente internacional no crescimento do nível da atividade doméstica.
A expectativa agora fica em torno da ata de política monetária, que será publicada na próxima quinta-feira (18/10), e justificará mais claramente a decisão do BC.
A última reunião do Copom neste ano ocorrerá nos dias 27 e 28 de novembro.
Fonte: Brasil Econômico
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