Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tripé econômico permanece de pé, afirma Delfim Netto


O ex-ministro da Fazenda avalia que o governo está ajustando o tripé de acordo com as necessidades do país.

O tão estimado tripé econômico formado por câmbio flutuante, meta de inflação e responsabilidade fiscal permanece de pé e deve ser mantido pelo governo, afirmou o ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, durante seminário na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Apesar disso, ele admitiu que todos os países do mundo manipulam o câmbio, classificando-o de sujo. "Quem não está controlando o câmbio? Os Estados Unidos são um exemplo com o QE3 e a meta que perseguem em dobrar as exportações em oito anos. Ainda temos também Japão e China", afirmou.

Ainda para Delfim, câmbio flutuante nunca existiu, "são apenas ideias de economistas". Por isso, caso algum país adotasse essa prática, seria apontado como grande provocador de especulação. "Existe no mercado mundial 10 mil fundos que operam um volume de US$ 2 trilhões por dia", explica.

Diante desse cenário, o economista afirma que o governo está ajustando o tripé de acordo com as necessidades do país, mas isso sem interferir em contratos.

"As interferências são feitas, mas em nenhum momento quebramos contratos, algo que é importante destacar", acrescentou o ex-ministro, afirmando que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, se mostrou muito mais atento ao mundo do que seus críticos.

Quanto ao fraco investimento notado no último trimestre, ele argumenta que essa incerteza não se baseia na inflação, mas na demanda. "Uma inflação em 4,5% ou 5,5% não interfere na taxa de retorno", destaca.

Além disso, Delfim diz que a crise é fruto de desconfiança gerada entre os agentes econômicos, iniciada com a quebra do Lehman Brothers, nos Estados Unidos. Por tanto, para o sistema funcionar, é preciso que a confiança exista, não apenas no setor financeiro, mas também no consumidor.

Fonte: Brasil Econômico

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