A temporada de balanços corporativos também deve contribuir para o ritmo dos mercados.
A China foi a protagonista do início do pregão desta segunda-feira (15/10), após a balança comercial do país indicar que tanto o índice de exportações como o de importações registram melhora.
De acordo com Luiz Roberto Monteiro, operador institucional da corretora Renascença, a balança comercial chinesa surpreendeu os investidores.
"Os números da China roubaram a cena nesta sessão. Os agentes esperavam um resultado muito mais discreto e o aumento das exportações deu novo fôlego à indústria do país".
No continente europeu, as bolsas fecharam com ligeira elevação, após novos rumores de que o governo da Espanha vai formalizar o seu pedido de resgate financeiro em novembro.
A falta de indicadores na região também contribuiu para que a Grécia continuasse em evidência. Para Monteiro, os líderes sinalizam que o país terá mais prazo para cumprir a adesão às metas de austeridade em troca de nova parcela do resgate financeiro.
Desta maneira, as bolsas europeias encerraram em campo positivo. O FTSE-100, de Londres, subiu 0,21%, o CAC-40, de Paris, ganhou 0,92%, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,40%.
Em Wall Street, os índices operam próximos da estabilidade, porém prevalece um ligeiro otimismo entre os investidores.
O operador da Renascença avalia que a temporada de balanços favorece um pregão mais calmo. "O resultado do Citigroup não foi tão positivo, mas surpreendeu muito os agentes do mercado", explica.
Além disso, os indicadores referentes às vendas do varejo dos Estados Unidos também contribuem para a elevação dos índices americanos.
Neste contexto, há pouco, o S&P 500 avançava 0,40%, o Nasdaq subia 0,28% e o Dow Jones apreciava 0,41%.
Por aqui, o Ibovespa opera com valorização. Instantes atrás, o principal índice da bolsa paulista subia 0,13 %, aos 59.236 pontos com giro financeiro de R$ 5,65 bilhões.
Monteiro acredita que o fato de ter permanecido fechado na sexta-feira (12/10), dia em que as bolsas fecharam em queda, poderia propiciar uma pressão negativa sobre a bolsa doméstica. "Além disso, o vencimento de exercício de opções contribui para o volume elevado, porém pode ter acarretado as perdas do índice pela manhã".
O bom humor do cenário externo, porém, prevaleceu, fazendo com que o índice doméstico opere em alta.
Entre os indicadores, destaque para o relatório Focus, que apontou nova redução das projeções para o crescimento econômico do país neste ano.
Destaques
Entre as maiores altas do índice, os papéis da Marfrig (MRFG3) subiam 5,10%, para R$ 12,15. Em seguida, as ações ordinárias da Gol (GOLL4) avançavam 3,83%, cotadas a R$ 10,84.
Do lado negativo, o papel da Ultrapar (UGPA4) tinha a maior queda, recuando 4,78%, negociado a R$ 43,80. Na sequência, a ação da Cosan (CSAN3) cai 4,59%, vendida por R$ 36,83.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar operava com desvalorização de 0,19% em relação ao real, negociado a R$ 2,0350 na compra e R$ 2,0370 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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