O governo sinalizou também que não ocorrerão novas renovações no benefício, após o término do novo prazo.
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (22/10) a prorrogação até 31 de dezembro do corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a produção de automóveis, conforme já era esperado pelo setor.
A redução já havia sido prorrogada em agosto, e terminaria no dia 31 de outubro. O anúncio foi feito na abertura da 27ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que ocorre em São Paulo.
"Não acho que o Brasil deva abrir mão de produzir aqui o que pode produzir", disse Dilma.
Essa diminuição ocorre com as mesmas condições da medida anterior, e a renúncia fiscal dos dois meses deve superar os R$ 800 milhões.
"Deixamos de arrecadar o IPI, mas há um aumento na arrecadação do PIS/Cofins, do ICMS para os estados, então há uma compensação", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Dilma destacou a importância do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), lançado pelo governo no início do mês.
Ela acentuou ainda ser factível o avanço da participação brasileira no ranking mundial do setor, "porque o país tem três qualidades para ampliar a competitividade: preço, prazo e qualidade", disse a presidente.
Para Mantega, a redução deve contribuir para manter a inflação controlada nos últimos meses do ano.
"Se nós suspendêssemos a desoneração provavelmente iriam aumentar os preços e recolocar o IPI em novembro e dezembro, e nós queremos que os preços continuem baixos", disse o ministro.
"O Brasil hoje é um dos poucos países que está atraindo novos investimentos na indústria automobilística", acrescentou.
Mantega sinalizou também que não ocorrerão novas renovações no benefício, após o término do novo prazo. "Provavelmente é a última (prorrogação)", afirmou.
Fonte: Brasil Econômico
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