Companhia pertencente à holding do JBS, quer ser líder global em celulose e faturar US$ 5 bilhões até 2020.
Nem bem nasceu e a Eldorado já está entre as principais fabricantes de celulose do país. A fábrica, que começou a ser construída em junho de 2010, deve começar a operar no próximo mês, com capacidade anual para produzir 1,3 milhão de toneladas da fibra.
Até 2020, a companhia prevê produzir 5 milhões de toneladas da fibra por ano e faturar US$ 5 bilhões. "Mas esse valor pode mudar, com oscilação cambial e de preço no mercado", diz José Carlos Grubisich, presidente da companhia, que é parte do grupo J&F, controlador do JBS.
A previsão é de que até 15 de novembro, os primeiros fardos da fibra estejam prontos para serem exportados. "Este deve ser um dos maiores investimentos em andamento no Brasil", afirmou ao Brasil Econômico.
Do total produzido, cerca de 90% será destinado ao mercado externo, principalmente para os mercados asiáticos, europeu, além de Estados Unidos e Canadá. "Queremos ser os líderes no mercado global", diz Grubisich.
Para alcançar a liderança, no entanto, a Eldorado terá que brigar com nomes de peso no mercado mundial como a Fibria, que produz cerca de 5,2 milhões de toneladas anuais de celulose, a Suzano, com 1,9 milhão de toneladas ao ano e a Japonesa Cenibra, que fechou 2011 com 1,2 milhão de toneladas.
Investimentos bilionários
Na primeira etapa, os investimentos totais somam R$ 6,2 bilhões e a previsão é de que o faturamento chegue a US$ 1 bilhão em 2013. Do valor investido, R$ 4,5 bilhões foram destinados à construção da fábrica em Três Lagoas (MS), que já está 95% pronta e para a instalação de sua linha única. O sistema é considerado um dos mais modernos do mundo.
Já a cidade escolhida é considerada polo da produção de celulose, onde também estão instaladas ali a VCP e a Fibria.
Outros R$ 800 milhões foram destinados aos investimentos em logísticas, já que o transporte da celulose até o porto de Santos será feito em 50% do trajeto via ferrovia, por meio de parceria com a MRS, mas com vagões próprios da Eldorado e nos 50% restantes do trajeto, o carregamento percorrerá a hidrovia do Tietê.
Outros R$ 900 milhões foram investidos na composição das florestas próprias de eucalipto, que estão nas redondezas da fábrica. "Até 2014, queremos ter cerca de 150 mil hectares de florestas", explica Grubisich.
Segundo ele, as áreas plantadas estarão a no máximo 100 quilômetros de distância da fábrica, a fim de facilitar o transporte e a produção. A partir de 2013, deve ter início o plantio de outros 25 mil hectares por ano, que serão destinados a próxima fase do projeto, de ampliação da capacidade.
Segunda Fase
Para uma segunda etapa do projeto, que deverá ser concluído até 2017, a companhia deverá investir em uma fábrica na mesma região, o que permitirá dobrar a capacidade produtiva e atingir 3 milhões de toneladas no mesmo ano.
"Até 2020, planejamos produzir entre 5 e 6 milhões de toneladas de celulose", diz Grubisich.
Além dos investimentos em capacidade, Grubisich explica que há equação para chegar ao topo do mercado combina investimentos constantes em inovação, fortalecimento da companhia e abertura de mercados.
Ele revela que o projeto inicial está sendo concluído antes do tempo previsto e com custo abaixo do estimado. "Isso nos dá mais competitividade", diz.
Um bom exemplo dessa redução de custos está na caldeira de recuperação, em fase final de testes. Além de ser usada para o processamento de resíduo químicos, o vapor resultante do processo deverá gerar cerca de 220 MegaWatts de energia.
Parte dessa cogeração será utilizada para abastecimento da própria unidade. Os 120 Megawatts restantes serão divididos com parceiros na região e a outra parte à venda nos leilões públicos de energia.
Fonte: Brasil Econômico
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