SÃO PAULO, 8 Jul (Reuters) - Em dia de pouca negociação e vaivém na cotação, o dólar fechou praticamente estável ante o real nesta segunda-feira, respondendo a movimentos pontuais de comércio exterior antes do feriado da Revolução Constitucionalista, em São Paulo.
A moeda norte-americana fechou em leve queda de 0,01 por cento, cotada a 2,2593 reais na venda. Na máxima do dia, chegou a 2,2653 reais e, na mínima, 2,2466 reais logo após a abertura.
Segundo dados da BM&F, o volume de negociação ficou em torno de 900 milhões de dólares, muito abaixo da média diária. Na terça-feira, o mercado de câmbio permanece aberto, mas as negociações devem ficar ainda mais reduzidas por conta do feriado paulista.
"Hoje foi um dia atípico, com movimentação de operações de importador e exportador", disse o operador da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.
O dólar abriu o dia em queda, levando o real a ter um comportamento similar ao de outras divisas de países emergentes, como os dólares australiano e neozelandês, além do peso mexicano. Mas esse movimento foi minguando até o real passar a ter desempenho próprio e ficar oscilando entre pequenas altas e pequenas baixas.
O mercado também responde à expectativa de o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduzir seu programa de estímulo monetário, o que deve enxugar a liquidez mundial e podendo resultar numa saída de recursos de países como o Brasil.
A decisão do Fed está baseada em sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos. Na avaliação de uma importante fonte da equipe econômica brasileira, esse cenário levará a uma correção de preços em diversos ativos, como nas taxas de juros e no câmbio, que deve ver o dólar se estabilizar no patamar de 2,20 reais.
Antes da abertura do mercado brasileiro, a divisa dos EUA chegou a atingir o maior patamar em três anos em relação a uma cesta de moedas, mas investidores aproveitaram o nível para embolsarem lucros. O indicador tinha queda de 0,29 por cento no início desta tarde.
Na sexta-feira, o dólar fechou praticamente estável com o movimento de alta atenuado pela atuação do Banco Central, que realizou leilão de swap cambial logo na abertura das negociações.
A autoridade monetária tem entrado no mercado de câmbio para evitar oscilações bruscas e que a moeda norte-americana suba muito, num ambiente interno de inflação ainda elevada.
Fonte: Reuters Brasil
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