O BC da China informou em comunicado em seu site que vai remover o piso sobre as taxas de empréstimo para bancos comerciais.
O banco central da China anunciou aguardadas reformas nas taxas de juros nesta sexta-feira (19/7), eliminando controles sobre as taxas que os bancos podem cobrar de clientes para empréstimos, em ação que busca uma precificação do crédito mais conduzida pelo mercado.
O BC da China informou em comunicado em seu site que vai remover o piso sobre as taxas de empréstimo para bancos comerciais, o que significa que os bancos poderão agora reduzir as taxas o quanto eles considerarem que seja adequado para atrair os tomadores de empréstimos.
O banco central informou que espera que a ação reduza os custos financeiros para as empresas.
Entretanto, a medida não eliminou o teto existente para as taxas de depósito, atualmente em 110% das taxas referenciais, o que muitos economistas veem como a medida mais importante que Pequim eventualmente precisará tomar na liberalização de seu regime de taxa de juros.
"Esse é um grande avanço nas reformas financeiras. Anteriormente, as pessoas tinham pensado que o banco central iria apenas diminuir gradualmente o piso das taxas de empréstimo. Agora, eles eliminaram o piso de uma vez por todas", disse o economista sênior do Centro da China para Transações Econômicas Internacionais, Wang Jun.
A medida, que entra em vigor no sábado, provavelmente irá reduzir os custos de empréstimo para as empresas e pessoas físicas, encerrando o que muitos observadores disseram ter sido custos de empréstimos artificialmente altos que beneficiavam os grandes credores do Estado às custas de empresas privadas.
"A reforma desta vez não expande a margem de flutuação nas taxas de depósito. A principal consideração é que as reformas das taxas de depósito serão mais profundas e irão necessitar de condições maiores", informou o banco central em comunicado.
O fato de que o primeiro-ministro Li Keqiang tomou a medida logo após quatro meses no cargo emite um sinal de que ele e sua administração estão sérios quanto a fazer reformas que visam reequilibrar a segunda maior economia do mundo.
Os grandes credores da China, que incluem Industrial and Commercial Bank of China Ltd, China Construction Bank Corp, Bank of China Ltd e Agricultural Bank of China Ltd, em geral resistiam à aguardada reforma, já qur provavelmente afetará suas margens.
Mas analistas dizem que a mudança é necessária para que o crédito seja distribuído mais efetivamente na economia.
O fato de que o primeiro-ministro Li Keqiang adotou a medida apenas quatro meses depois de assumir envia um sinal de que ele e sua administração estão considerando seriamente a realização de reformas com o objetivo de reequilibrar a segunda maior economia do mundo.
Fonte: Brasil Econômico
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