Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sábado, 27 de julho de 2013

País eleva receitas de agronegócio e tecnologia

Se para o setor de consumo a desaceleração da economia brasileira preocupa, no agronegócio o país é motivo de boas notícias.
Altos preços dos grãos e o aumento da área plantada no Brasil aumentaram as vendas de fertilizantes no país, que precisa importar cerca de 70% do que utiliza.

A Yara, fabricante norueguesa de fertilizantes, ressaltou o aumento de 30% no volume de entregas no país no primeiro semestre ao divulgar os seus números.

Sua rival Mosaic informou ter entregue um volume recorde de fertilizantes para o Brasil e prometeu investimentos. "Nos próximos cinco anos, planejamos investir aproximadamente US$ 300 milhões em construção, expansão ou aquisição de fábricas", disse Jim Prokopanko, presidente da empresa.

No balanço da Syngenta, de defensivos agrícolas, o Brasil puxou o aumento de 13% nas vendas para a América Latina no semestre.

TECNOLOGIA

O desempenho das unidades brasileiras também foi apontado como ponto fora da curva na área de tecnologia.

"Enquanto muitas empresas do setor viram uma desaceleração no Brasil, nós tivemos uma performance estelar nesse mercado, com um crescimento de três dígitos na receita com softwares", afirmou Jim Hagemann Snabe, vice-presidente da SAP.

O desempenho da unidade brasileira também foi motivo de comemoração na IBM. Segundo o diretor financeiro da empresa, Mark Loughridge, a receita cresceu 15% no país no segundo trimestre, compensando a queda de 3% no resto da América Latina.

EXPECTATIVAS

Para o segundo semestre, os executivos se dividem entre otimismo e cautela. No setor de eletrodomésticos, a segunda palavra é a de ordem.

Questionado sobre os impactos do programa Minha Casa Melhor -lançado recentemente pelo governo federal para estimular as vendas de linha branca e de móveis-, o presidente da
Electrolux disse que "é difícil prever, já que os incentivos serão divididos com outras categorias".

"Ainda precisamos ver o impacto que esse novo estímulo terá", respondeu na mesma linha Jeff Fettig, presidente da Whirlpool.

Para quem participa de projetos de investimento, o cenário está melhorando.

"O Brasil teve uma desaceleração econômica que impactou os investimentos, mas temos visto esses gastos voltarem e estamos considerando isso na nossa projeção para o segundo semestre", disse Robert Eck, presidente da fabricante de fios e cabos elétricos Anixter International.

Fonte: Folha de S. Paulo

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