Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de novembro fica em 0,25%


Em novembro de 2012, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,25% em comparação com o mês anterior, resultado superior ao alcançado em outubro (0,23%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 6,64% em novembro e 6,39% em outubro. Já a variação acumulada em 2012 foi de 6,82% em novembro e 6,56% no mês anterior.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.


14 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços
Em novembro de 2012, 14 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 13 do mês anterior. As quatro maiores variações de novembro em relação a outubro foram em madeira (1,96%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,92%), fabricação de máquinas e equipamentos (1,44%) e fumo (1,32%). Os itens com maior influência, ou impacto, na variação de novembro contra outubro (0,25%) foram alimentos (0,12 pontos percentuais), refino de petróleo e produtos de álcool (0,07 p.p.), fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 p.p.) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,03 p.p.).
O indicador acumulado de 2012 atingiu 6,82% em novembro, contra 6,56% em outubro. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva do indicador acumulado, sobressaem fumo (16,78%), alimentos (14,22%), bebidas (12,46%) e papel e celulose (11,14%). Os setores com maior influência foram alimentos (2,68 p.p.), outros produtos químicos (1,03 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,67 p.p.) e bebidas (0,35 p.p.).
Na comparação com o mesmo mês de 2011 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 6,64% em novembro, contra 6,39% em outubro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo (19,02%), alimentos (13,87%), bebidas (13,12%) e papel e celulose (11,70%). As principais influências na comparação de novembro contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (2,62 p.p.), outros produtos químicos (0,90 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,63 p.p.) e fabricação de máquinas e equipamentos (0,37 p.p.).

Em novembro, os preços dos alimentos variaram, em média, 0,58%, taxa positiva depois do -1,44% de outubro. Entre as taxas positivas observadas em 2012 (foram oito), esta foi a menor. Com esse resultado, o setor acumulou 14,22% de aumento de preços neste ano. Por outro lado, em relação a novembro de 2011, os preços estiveram 13,87% maiores em novembro de 2012. Nos acumulados em 2012 e em 12 meses, sobressaíram os produtos cujos preços subiram por conta de problemas específicos de oferta ou por terem sido impactados pela desvalorização do real ao longo do ano (particularmente entre fevereiro e junho quando o real foi desvalorizado em mais de 19%): os produtos do arroz e derivados de soja.
Em novembro, pela primeira vez na série da atividade, os preços das bebidas apresentaram variação negativa (-0,65%). Foi também o primeiro resultado negativo depois de oito meses consecutivos de variações positivas (em fevereiro houve variação de -0,25%). Com este resultado, o setor acumulou em 2012 uma variação de 12,46% até novembro, contra 13,19% observada no mês anterior. Já os preços em novembro de 2012 no acumulado em 12 meses estiveram 13,12% maiores do que no ano anterior. Neste tipo de comparação, o resultado é maior apenas do que aqueles dos meses anteriores a maio. Todos os produtos da atividade tiveram queda de preços em novembro, com destaque para "xaropes para bebidas com fins industriais", em termos de variação, e "cervejas e chope", em termos de influência. O ano de 2012 foi, pelo menos até novembro, um ano com comportamento bem particular dos preços do setor, que, em média, variaram positivamente. Ao comparar com os demais setores, no acumulado do ano, as bebidas foram responsáveis pelo terceiro maior aumento de preços, perdendo apenas para setores influenciados pela desvalorização do dólar (como é o caso do fumo: -16,78%) ou também por questões específicas de choque de oferta (alimentos: -14,12%).
A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool registrou alta de preços de 0,67% em novembro com relação a outubro, seguindo trajetória positiva registrada desde junho. Em 2012, o setor acumulou alta de 6,06%. No acumulado em 12 meses, novembro registrou o resultado de 5,68%. Em termos de influência, em novembro frente a outubro, os quatro produtos - três provenientes do refino de petróleo: "naftas", "querosenes de aviação" e "óleo diesel e outros óleos combustíveis" - que mais pesaram neste indicador explicaram 0,72 p.p. de 0,67% de todo o setor, todos com viés positivo, à exceção de "querosenes de aviação". O único produto em destaque ligado ao setor de álcool foi o "álcool etílico (anidro ou hidratado)", com viés positivo. No acumulado do ano, os quatro produtos em destaque são os mesmos que no indicador mensal: "álcool etílico (anidro ou hidratado)", "querosene de aviação", "óleo diesel e outros óleos combustíveis" e "naftas". A diferença fica por conta do viés: "álcool etílico (anidro ou hidratado)" com viés negativo e "querosenes de aviação" com positivo. No acumulado em 12 meses, observa-se que "naftas", "querosenes de aviação" e "óleo diesel e outros óleos combustíveis" registram valores positivos, enquanto "álcool etílico (anidro ou hidratado)" registrou influência negativa.
Outros produtos químicos registraram em novembro -0,11% com relação a outubro de 2012, invertendo trajetória do mês anterior, que havia registrado 3,45%. O setor registrou variação de 9,56% no acumulado do de 2012 e 8,25% no acumulado em 12 meses. Em se tratando da influência de novembro frente a outubro, dois dos quatro produtos em destaque apresentaram variações positivas ("herbicidas" e "polipropileno (PP)") enquanto dois registraram viés negativo ("eteno (etileno)" e "propeno (propileno)"). Estes quatro produtos responderam por -0,15 p.p. da variação de -0,11%. No ano, todos os produtos em destaque apresentaram variação positiva: "eteno (etileno)", "polipropileno (PP)", "herbicidas" e "adubos NPK". O mesmo se dá no acumulado em 12 meses, com exceção de um produto em destaque: enquanto no acumulado do ano o "polipropileno (PP)" aparecia, o produto "PEAD" se destacou nos últimos 12 meses.
Em novembro, a variação negativa (-1,19%) de preços das máquinas, aparelhos e materiais elétricos foi mais intensa do que a de outubro (-0,52%). Com isso, o setor passou a acumular variação de 1,58%, contra 2,81% no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, depois de dois meses consecutivos com resultados positivos (1,62% em setembro e 1,57% em outubro), novembro voltou a ter sinal negativo (-0,39%). "Motores elétricos", "quadros e semelhantes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção", "pilhas ou baterias elétricas, exceto para veículos" e "fogões de cozinha, para uso doméstico" são os quatro produtos que mais influenciaram a variação mensal (-1,11 p.p. em -0,52%). Em termos de variação, apenas "quadros e semelhantes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção" (variação negativa) e "pilhas ou baterias elétricas, exceto para veículos" (variação positiva) apareceram em destaque.
Máquinas e equipamentos variaram 1,44% em relação ao mês anterior, o maior resultado do segundo semestre de 2012 e o terceiro maior resultado no ano. Com isso o acumulado em 2012 evoluiu a 7,72% e acumulado em 12 meses registrou variação de 8,50%. Nos dois últimos indicadores os resultados foram os maiores registrados no ano de 2012. Os produtos que mais influenciaram a variação mensal foram "rolamentos para equipamentos industriais", "tratores agrícolas" e "válvulas, torneiras e registros, inclusive hidráulicas e pneumáticas", com variações positivas. O produto "Compressores para aparelhos de refrigeração e de compressores de ar rebocáveis" destacou-se com variação negativa. Somada, a influência desses produtos correspondeu a 1,14 p.p. No acumulado do ano, destacaram-se os produtos "tratores agrícolas", "rolamentos para equipamentos industriais", "ar condicionado exceto veículos" e "carregadoras-transportadoras", todos com variações positivas. Os produtos que mais influenciaram o acumulado em 12 meses foram "tratores agrícolas", "rolamentos para equipamentos industriais", "ar condicionado exceto veículos" e "válvulas, torneiras e registros, inclusive hidráulicas e pneumáticas", todos com variações positivas.

Fonte: IBGE


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