Questões internacionais, como a redução da perspectiva de crescimento da economia mundial e incertezas na Grécia e na Espanha, mais uma vez, penalizaram as bolsas.
O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na noite de segunda-feira (8/10), levou pessimismo aos principais mercados mundiais. Aqui no Brasil, não foi diferente e o Ibovespa encerrou em queda de 0,64%, aos 58.939 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 6,48 bilhões.
As ações da Vale (VALE5), que subiram 0,75%, seguraram uma perda maior do principal índice da bolsa brasileira, por ter uma das maiores representatividades.
Os papéis da mineradora fecharam em alta nesta terça-feira (9/10) diante da boa notícia na China. "O anúncio do governo chinês ajudou bastante as empresas ligadas à commodities que, chegaram a subir bastante durante o dia, mas reduziram os ganhos no final", diz Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.
O banco central chinês injetou hoje US$ 42,1 bilhões em empréstimos de curto prazo.
Ainda no Brasil, o mercado está animado com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e começa a apostar em corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic.
No entanto, o fato do FMI ter rebaixando a projeção de crescimento da economia mundial de 3,5% em julho para 3,3% em outubro gerou preocupação generalizada. No Brasil, a redução passou de 2,5% para 1,5%, mas as reações internas não foram não foram tão pessimistas, uma vez que veio em linha com o relatório Focus, divulgado semanalmente.
"A falta de decisão na Grécia e na Espanha continuam disseminando pessimismo. A ida de Merkel [Angela Merkel, chanceler da Alemanha] não mostrou nada de novidade. O mercado agora aguarda o relatório da troika. Semana que vem voltam as negociações, mas o resultado deverá ser anunciado só no início de novembro", explica Pereira.
Diante disso, as principais bolsas da Europa encerraram no vermelho. O FTSE-100, de Londres, perdeu 0,54%, o CAC-40, de Paris, depreciou 0,70%, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,78%.
Nos Estados Unidos, o movimento vendedor também prevaleceu. Com a agenda vazia, o foco ficou na Europa e para o início da temporada de balanços, com a Alcoa anunciando os resultados hoje à noite.
A produtora de alumínio registrou prejuízo líquido de US$ 143 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de US$ 172 milhões no mesmo período do ano passado, por causa de uma queda no preço do metal e pela demanda ainda fraca.
"As bolsas americanas estão em patamares elevados. Se os resultados não agradarem, podemos esperar fortes realizações", completa o analista.
Neste sentido, o Dow Jones registrou decréscimo de 0,81%, o S&P teve baixa de 0,99%, e o Nasdaq, que negocia as ações de tecnologia, caiu 1,52%.
De acordo com o analista, esta queda mais acentuada do Nasdaq aconteceu por causa das ações da Apple, que recuaram 0,36%. "Os papéis da gigante da tecnologia estavam em patamares historicamente elevados e, agora, estão sofrendo realizações". Colaboraram ainda para o mau desempenho as ações da Dell, que retraíram 2,45%.
Destaques
Entre os destaques de alta da sessão, os papéis da Brookfield e da MMX lideraram os ganhos, com avanço de 4,20% e 3,90%, respectivamente.
Na outra ponta, as ações da Braskem e do Bradesco recuaram 3,17% e 3,07%, nesta ordem.
Câmbio
E no mercado de câmbio, o dólar fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,0340 na compra e R$ 2,0360 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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