Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Dólar segue oscilando próximo da estabilidade


No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, dado da produção industrial abaixo do esperado promove fechamento da curva.

Em um pregão no qual o bom humor dos agentes prevalece, ainda que de maneira tímida, com a expectativa do pedido de ajuda a ser efetuado pelo governo da Espanha, o dólar experimenta mais uma rodada de desvalorização global, que, mais uma vez, não é acompanhada pelo mercado cambial doméstico.

O Dollar Index, índice que mede a variação da moeda americana frente uma cesta de divisas, recuava 0,25%.

Já no Brasil, o dólar opera com uma leve alta de 0,04% contra o real, negociado a R$ 2,027 para venda.

"Pouco ou quase nada há a comentar sobre o mercado de câmbio brasileiro, mantido sob rigorosa administração do Banco Central do Brasil no que tange a sua formação de taxa dentro da banda compreendida entre R$ 2,00 a R$ 2,05", pondera Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, em relatório. "A volatilidade é baixíssima e mínima", completa o especialista.

A autoridade monetária, ressalta Nehme, tem US$ 2,99 bilhões em swaps cambiais que vencem no primeiro dia útil de novembro, e que não devem ser rolados, a fim de dar maior sustentação ao nível da moeda americana acima dos R$ 2,00.

O diretor da NGO entende que o BC trabalha agora para enxugar a liquidez que ele mesmo colocou no mercado em julho, quando buscava evitar uma desvalorização exagerada do real.

"Acreditamos que se o BC retirasse toda a liquidez que colocou anteriormente, o preço do dólar somente com as forças do mercado teria sustentabilidade acima de R$ 2,00, visto que o fluxo cambial está bastante reduzido nos últimos meses", diz o especialista.

Juros

Com o dado da produção industrial abaixo do esperado pelo mercado, as apostas por um corte derradeiro de 0,25 ponto percentual na Selic no encontro do Copom da semana que vem volta a ganhar força, derrubando a curva de juros futuros no pregão desta terça-feira (2/10).

Com giro de R$ 18,222 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,66% para 7,61%, enquanto o para janeiro de 2015 caía de 8,22% para 8,19%, com volume de R$ 5,656 bilhões.

A produção industrial brasileira registrou expansão de 1,5% em agosto, na comparação com julho, mas cedeu 2%, frente ao mesmo período do ano passado.

A consultoria LCA projetava um incremento de 2,2% na margem, e uma queda de 1,2% em bases anuais.

"Com os números da Fenabrave, os agentes já tinham sentido um pouco", pontua Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou na segunda-feira (1/10) que as vendas de automóveis recuaram 31,4% em setembro, ante agosto.

"Apesar da melhora nas Bolsas no cenário internacional, os treasures [títulos do Tesouro dos Estados Unidos] não estão subindo. O cenário econômico mundial ainda é fraco, e aparentemente no Brasil a recuperação está difícil, sentindo o impacto da situação externa", comenta Folchini.

Fonte: Brasil Econômico

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