As principais bolsas mundiais registravam leves ganhos nesta manhã até a Moody's dizer que irá revisar o rating da dívida soberana da Espanha neste mês. Perda é generalizada.
A volatilidade permanece, mais uma vez, nos principais mercados internacionais. No Brasil, após abrir em alta, a instabilidade tomou conta e o Ibovespa passou a ficar no campo negativo. Há pouco, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,53%, aos 59.255 pontos. O giro financeiro estava em R$ 2,09 bilhões.
De acordo com Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Corretora Renascença, a Espanha é o principal motivo da esperança e das incertezas dos investidores ao redor do globo.
"O mercado subiu na possibilidade do anúncio de pedido de resgate da Espanha até o final de semana", pontua o operador. No entanto, segundo ele, o mercado passou a retrair após o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, dizer que o pedido não será neste fim de semana.
"Os investidores reduziram as compras logo depois do anúncio, mas depois perceberam que há uma dupla interpretação, podendo ser anunciado o pedido na próxima semana ou no curto prazo, mas ninguém sabe ao certo", explica Monteiro.
Diante disso, as bolsas dos Estados Unidos e da Europa acompanham a instabilidade. "É normal essa volatilidade porque sempre há dúvidas", completa.
Além disso, a agência de classificação de risco Moody's disse nesta terça-feira (2/10) que irá anunciar ainda este mês os resultados da revisão do rating da dívida soberana da Espanha, o que gerou mais perdas nas sessões.
Neste contexto, sem indicadores americanos importantes, Wall Street opera em queda. O S&P 500 desacelera 028%, o Nasdaq cai 0,04% e o Dow Jones perde 0,60%.
Na Europa, o FTSE-100, de Londres, caiu 0,19%, o CAC-40, de Paris, depreciou 0,60%, e o DAX-30, de Frankfurt, retraiu 0,28%.
Ainda no velho continente, os preços ao produtor da Zona do Euro tiveram alta de 1% em agosto. O indicador aponta para uma ligeira melhora da economia.
No Brasil, a produção industrial do país registrou expansão de 1,5% em agosto de 2012, na comparação com o mês imediatamente anterior. Apesar de o resultado representar a terceira alta consecutiva nessa base de comparação, o que leva a produção a acumular avanço de 2,3% no período, o dado frustrou a expectativa do Bradesco, que era de alta de 1,75%.
Destaques
As empresas de telecomunicações dão o tom no Ibovespa nesta terça-feira (2/10). Enquanto as ações da Oi (OIBR3) configuram entre as maiores altas do pregão, com avanço de 3,81%, os papéis da Tim (TIMP3) recuam 5,59%.
Segundo o operador, a Oi aprovou a venda de imóveis, totalizando o valor máximo de R$ 643 milhões. "Devem ser alienados três imóveis singulares e um estabelecimento, composto de oito imóveis, somando R$ 455 milhões", aponta. Os imóveis ficam no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
Além disso, outros 37 imóveis em outros estados serão vendidos para um Fundo de Investimento Imobiliário, no valor de R$ 188,1 milhões.
Já as ações da Tim recuam, pois "um investidor entrou com uma ação da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] para que seja investigadas irregularidades no balanço da operadora", explica Monteiro.
Outro destaque da sessão são as ações da Gol (GOLL4). Após subirem 10% na segunda-feira (1/10), com os investidores apostando em anúncios que a empresa iria fazer, os papéis lideram as maiores quedas, com perda de 9,20%.
"O mercado estava trabalhando com duas possibilidades de anúncio. Uma era a venda de parte da empresa e a outra seria que a Gol podia fazer uma abertura do capital da Smile, assim como a Tam fez com a Múltiplos. Já que a empresa declarou apenas a compra dos aviões, isso acabou frustrando os investidores", completa.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar operava com valorização de 0,04% em relação ao real, negociado a R$ 2,0250 na compra e R$ 2,0270 na venda.
fonte: Brasil Econômico
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