Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Aumento do diesel elevará frete agrícola em 2%, diz associação


SÃO PAULO, 31 Jan (Reuters) - O aumento no preço do diesel deverá elevar em 2,16 por cento o custo do frete de produtos agrícolas no Brasil, em um momento em que o setor já se prepara para enfrentar gastos elevados com transporte rodoviário para escoar uma safra recorde de grãos, disse nesta quinta-feira a associação que reúne as transportadoras do país.

O aumento nos combustíveis, anunciado na terça-feira pela Petrobras, foi de 5,4 por cento para o diesel e 6,6 por cento para a gasolina, nas refinarias.

A NTC&Logística, associação que reúne as mais importantes empresas de transporte do Brasil, calcula que o diesel tenha peso de 40 por cento nos custos do frete agropecuário, que em grande parte é feito em caminhões de porte pesado, os chamados "bitrens", percorrendo longas distâncias.

"O agronegócio usa muito mais o bitrem de sete eixos, com as carrocerias graneleiras", lembra Neuto Gonçalves dos Reis, diretor-técnico da NTC.

Para o transporte rodoviário em geral no país, a entidade prevê aumento de 1,52 por cento no frete, uma vez que na média da frota brasileira de caminhões o diesel representa 30 por cento dos custos operacionais.

A NTC lembra que o estudo representa uma previsão, já que só será possível estimar o real aumento de custos quando o preço do diesel for todo reajustado nas bombas dos postos e incorporado ao cotidiano das transportadoras.

TRANSPORTE DA SAFRA

O setor agrícola pode se preparar para uma safra com transporte rodoviário que pode ser até 50 por cento mais caro, em determinados momentos, acrescentando-se outros fatores ao aumento do diesel, incluindo a lei que restringe a jornada dos caminhoneiros, afirma Reis.

"Acredito que vai haver pico de frete", diz ele.

A estimativa está em linha com a projeção da Esalq-Log, braço de pesquisa em logística do agronegócio da Universidade de São Paulo, que também projeta aumento de até 50 por cento no auge da safra das principais regiões produtoras.

O diesel mais caro soma-se a uma demanda maior por caminhões, já que o Brasil vai colher uma safra recorde de 82,7 milhões de toneladas de soja em uma grande safra de milho verão, de 34,7 milhões de toneladas, segundo estimativas do governo.

Outro grande problema apontado por produtores, indústrias e transportadoras tem relação com as novas restrições à jornada de trabalho dos caminhoneiros, que entraram em vigor em meados do ano passado, já após o pico do escoamento de grãos.

"No setor todo, não só no agronegócio, estimamos a falta de 80 mil motoristas", apontou o diretor da NTC.

A lei federal 12.619 proíbe os motoristas de caminhões de dirigir por um período superior a quatro horas sem um descanso mínimo de 30 minutos, além de impor jornada de oito horas diárias, com repouso de 11 horas a cada dia, com o veículo estacionado.

"O que a gente vai precisar é de mais motoristas para o mesmo caminhão", avaliou Reis. "Ou você faz um esquema de duplas, em que os dois vão juntos, ou você faz sistema de troca (de motorista) no meio do caminho. Vai trocando até chegar ao destino."

Estudos da área técnica da NTC mostram que para o transporte de cargas pesadas, como as do agronegócio, a chamada "lei dos caminhoneiros" sozinha irá elevar em 28,92 por cento os custos de operação das transportadoras.

A perda de produtividade da frota, ou o número de viagens realizadas por mês, vai cair em mais de um terço.

"Tem caminhão parado porque a empresa comprou caminhão, mas não achou motorista", disse Reis.

Fonte: Reuters Brasil

Problemas de caixa da Petrobras começam a contaminar parceiros


RIO DE JANEIRO, 31 Jan (Reuters) - A Petrobras tem atrasado pagamentos a fornecedores e provocado dificuldades financeiras na cadeia de prestadores de serviços, após ter adotado uma política de redução de custos em meio a prejuízos na sua divisão de Abastecimento, aumentos de custos e produção estagnada.

Há também o atraso de pagamento para fundos de recebíveis criados para financiar esses prestadores de bens e serviços, disseram fontes à Reuters, observando que a estatal alterou sua política de pagamentos recentemente e vem olhando com mais rigor os contratos.

Com isso, tem demorado mais tempo para liberar os recursos. Em uma espécie de efeito dominó, os prestadores de serviços também atrasam seus compromissos financeiros.

"Não vou dizer que a Petrobras é inadimplente, mas que está em atraso. Enquanto algumas companhias estão sofrendo, estou confiante que os pagamentos serão feitos", disse à Reuters Fernando Werneck, gestor de um portfólio de fundos creditórios na BI Invest, exclusivos de fornecedores da Petrobras.

Alguns dos fundos de investimento dedicados exclusivamente aos fornecedores da Petrobras registraram aumento da inadimplência.

Os pagamentos em atraso em cinco Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) saltaram 58,6 por cento, para 18,4 milhões de reais, em 31 de dezembro, ante 11,6 milhões de reais em setembro, segundo uma pesquisa da Reuters junto à Comissão de Valores Mobiliários.

O FIDC existe para ajudar a Petrobras a terceirizar o negócio de financiamento aos fornecedores. Fundos de investimento fazem empréstimos às empresas que possuem contratos com a estatal utilizando como garantia os recebíveis junto à Petrobras.

Ao longo dos últimos dois anos a Petrobras aportou cerca de 7 bilhões de reais para ajudar os fornecedores.

PEDIDOS DE FALÊNCIAS

Problemas financeiros já empurraram algumas empresas fornecedoras da estatal menores, como a GDK, a um processo de recuperação judicial. Grandes empresas, tais como a Lupatech, tiveram que vender ativos e levantar capital novo para evitar o pior.

Preocupações sobre como fazer negócios no Brasil, onde a Petrobras é responsável por mais de 90 por cento da produção de petróleo, levaram a uma queda de 34 por cento nas ações da italiana Saipem na quarta-feira.

A empresa prestadora de serviços e equipamentos offshore disse que os problemas do Brasil poderiam ajudar a cortar o seu lucro em 80 por cento em 2013. As concorrentes Subsea 7 e Technip França, ambas também fornecedoras da Petrobras, chegaram a cair mais de 6 por cento na quarta-feira.

O programa de redução de despesas, que visa cortar custos de 32 bilhões de reais no período de 2013 a 2016, foi anunciado no final do ano passado, após a Petrobras ter acumulado nos nove primeiros meses de 2012 mais de 17 bilhões de reais em prejuízo na área de Abastecimento (combustíveis), ao mesmo tempo que tem um plano de cinco anos de investir mais de 200 bilhões de dólares.

Nessa conjuntura que favorece o crescimento do passivo, a agência de classificação de risco Moody's alterou em dezembro para negativo o rating da dívida da companhia.

DIFICULDADE PARA RECEBER

Segundo fontes de empresas que prestam bens e serviços à estatal, a Petrobras tem demorado mais tempo para liberar os aditivos aos contratos.

Nas licitações, as empresas ganhavam oferecendo um orçamento abaixo do valor de mercado e depois recorriam aos aditivos, uma prática comum, já que depois esses aditivos eram liberados com mais facilidade.

"Agora há um rigoroso processo de avaliação por parte da estatal e sempre há a necessidade de mais e mais documentos. Enquanto isso, o dinheiro não sai", disse uma fonte de uma empreiteira de médio porte que presta serviço à Petrobras.

Com a demora na liberação dos pagamentos, as empresas precisam tomar empréstimo de curto prazo, disse a fonte, a custos altos, gerando um desequilíbrio nas contas.

"Em geral tem demorado uns meses a mais. Como dois terços do nosso faturamento depende de contratos com a Petrobras, há um desajuste", disse à Reuters o executivo, na condição de não ter seu nome divulgado.

Algumas empresas têm quase a totalidade das receitas atreladas aos contratos com a Petrobras e podem acabar falindo com o atraso dos pagamentos.

É o caso da Tenace Engenharia, que com 90 por cento de faturamento oriundo da estatal pediu falência no fim do ano passado.

A empresa tinha um grande contrato de construção de uma unidade de gasolina e diesel no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte. Também prestava serviços para a estatal em Urucu, no Amazonas.

Segundo uma fonte da empresa, a Petrobras não concordou em renegociar aditivos aos contratos. A Tenace enviou um comunicado aos seus credores responsabilizando a estatal pelo seu fechamento, segundo a fonte, que preferiu não ser identificada.

A construtora GDK, também grande fornecedora da estatal, teve o seu pedido de recuperação judicial aprovado no dia 10 de janeiro pela Justiça da Bahia, segundo nota enviada pela empresa à Reuters.

E a construtora Egesa, responsável por parte das obras de uma unidade de fertilizantes da Petrobras, também anunciou recentemente aos seus funcionários e credores que "está passando por uma reestruturação financeira em função do cenário econômico atual".

Segundo a Petrobras, os pagamentos de seus compromissos "reconhecidos" são realizados de acordo com os prazos estabelecidos contratualmente.

Procurada pela Reuters, a estatal disse em nota que os eventuais pleitos de pagamentos adicionais aos contratados por parte dos fornecedores são submetidos a uma avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica.

"Após a conclusão deste processo, que está de acordo com contrato e com a legislação vigente, a negociação é submetida à aprovação das instâncias corporativas competentes. Dessa forma, eventuais pleitos não representam a existência de dívida por parte da Companhia", disse a estatal.

Fonte: Reuters Brasil

Dólar termina janeiro com desvalorização de 2,69%


Da queda acumulada no mês, boa parte (-1,92%) foi apenas nesta semana, após o Banco Central (BC) sinalizar a utilização do câmbio como instrumento para conter a inflação.

Após um início de semana conturbado, o dia foi um pouco mais tranquilo no mercado cambial doméstico.

A briga pela Ptax no último dia do mês fez o dólar operar em queda frente ao real na primeira parte da sessão, com os vendidos prevalecendo sobre os comprados.

Pela manhã, quando ocorria a disputa, a taxa da divisa bateu na mínima de R$ 1,9840, quando recuava 0,25%. A taxa Ptax de janeiro encerrou fixada em R$ 1,9883.

Cotações de fechamento para venda em31/01/2013
PaísMoedaR$US$
Argentina Peso 0,39954,9800
Canadá Dólar 1,98671,0009
Chile Peso 0,0042471,4000
China Iuan 0,31976,2195
Coreia do Sul Won 0,00181.088,8300
União Europeia Euro 2,69871,3573
Estados Unidos Dólar 1,98831,0000
Índia Rúpia 0,037453,2300
Japão Iene 0,021891,2100
México Peso 0,157012,6695
Paraguai Guarani 0,00054.185,000
Reino Unido Libra 3,14251,5805
Uruguai Peso 0,104119,1700
Rússia Rublo 0,066230,0410
Venezuela Bolivar Forte 0,46354,3000
Fontes: Banco Central e Brasil Econômico.

Após a disputa dos investidores em relação a Ptax, a moeda americana experimentou uma reversão, e passou a valorizar-se frente ao real - encostou na máxima de R$ 1,9930, ao subir 0,20%.

No entanto, conforme se aproximava o fechamento do pregão, a estabilidade voltou a prevalecer, e fez com que o dólar terminasse com ganho ligeiro de 0,05%, a R$ 1,990 para venda.

No acumulado de 2013, a moeda americana tem depreciação de 2,69%, boa parte dela atrelada ao movimento ocorrido nesta semana, quando as perdas da divisa alcançaram 1,92%.

Os dados do fluxo cambial divulgados ontem pelo BC, que apontaram uma saída de US$ 2,692 bilhões em janeiro, até o dia 25, podem representar uma barreira a ser transposta pela autoridade em sua missão de valorizar o real.

Ainda assim, com as reservas internacionais na casa dos US$ 377 bilhões, o fluxo negativo pode dificultar, mas não impedir o real mais forte, diz Ítalo Abucater, especialista em câmbio da ICap Brasil.

Além das reservas, o BC já anunciou nesta quinta-feira (31/1) uma nova medida para facilitar a entrada de dólares no país - a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros em aquisição de cotas de fundos de investimento imobiliário (FII) foi zerada.

"Se porventura o fluxo ficar mais positivo, o governo pode acertar um tiro no pé, direto no exportador", pondera Abucater, que não acredita em uma retomada consistente do fluxo de entrada no curto prazo.

Juros

Os dados do mercado de trabalho divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impulsionaram uma abertura da curva de juros futuros da BM&FBovespa.

Mais negociado, com giro de R$ 23,130 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subiu de 7,91% para 7,95%, enquanto o para janeiro de 2016 avançou de 8,48% para 8,50%, com volume de R$ 3,304 bilhões.

Em dezembro, a taxa de desemprego caiu para o menor percentual de toda a série histórica, ao atingir 4,6%. Em novembro, o indicador estava em 4,9%.

"Diante da nossa expectativa de aceleração moderada da economia nos próximos trimestres, acreditamos que a taxa de desemprego deverá se manter em patamar baixo e a renda real em expansão ao longo deste ano", afirma Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, em relatório.

Fonte: Brasil Econômico

Governo autoriza Petrobras a importar gás natural para atender à demanda do país


Brasília - Portaria publicada hoje (31) no Diário Oficial da União autoriza a Petrobras a continuar importando gás natural liquefeito (GNL) para atender à demanda de gás natural do país. O volume de importação é 40 milhões de metros cúbicos e o gás deverá ser entregue no Terminal Marítimo da Baía de Guanabara (RJ) ou no Terminal Marítimo do Porto de Pecém (CE), onde também estão localizadas estações de regaseificação do GNL.

A autorização do Ministério de Minas e Energia (MME) tem validade de dois anos e a Petrobras terá que apresentar à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relatórios detalhados sobre as operações de importação.

De acordo com o MME, a importação de GNL garante flexibilidade e diversificação ao mercado brasileiro de gás natural, principalmente no atendimento ao segmento de geração termelétrica a gás natural. Anteriormente, a importação de GNL pela Petrobras era autorizada pela ANP, mas, a partir da sanção da Lei do Gás, a responsabilidade para autorizar as atividades de importação e de exportação desse combustível passou para o ministério.

Fonte: Agência Brasil

Política cambial do Brasil confunde investidores, diz blog no 'Financial Times'


O fortalecimento do real verificado na quarta-feira, após uma ação do Banco Central para vender dólares, aumenta a confusão de investidores e analistas sobre a política cambial brasileira, comenta um novo post no blog beyondbrics publicado pelo diário econômico britânico Financial Times.
O texto, assinado pela correspondente em São Paulo Samantha Pearson, ironiza a postura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao afirmar que "entender o que ele pretende pode ser exaustivo, especialmente no que se refere ao seu tema favorito: as guerras cambiais".

O texto também classifica a declaração do ministro de que o câmbio no Brasil se mantém livre, desde que se mantenha dentro de uma banda apropriada, como "sem sentido".
A jornalista observa que o real havia se desvalorizado na manhã de quarta-feira após Mantega afirmar que o governo estava pronto para corrigir qualquer movimento excessivo na taxa de câmbio, acrescentando que uma moeda mais fraca torna a indústria doméstica mais competitiva.
Apesar disso, o real voltou a se valorizar depois com a ação do Banco Central, levando a cotação do dólar a menos de R$ 2 pela primeira vez desde julho do ano passado.
Diante da confusão, o texto conclui dizendo que há somente três possíveis explicações para as intenções das autoridades brasileiras:
"1. Eles querem uma apreciação gradual do real para conter a inflação, e a advertência de Mantega tinha a intenção de moderar qualquer movimento acentuado como consequência da intervenção do Banco Central; 2. Eles decidiram que o real está no nível correto e estão enviando sinais contraditórios para estabilizar a moeda; 3. Eles não têm nenhuma ideia do que estão fazendo."

Fonte: BBC Brasil

PIB dos EUA cai, mas mostra avanço no setor privado


Contrariando expectativas, a economia dos EUA encolheu a uma taxa anualizada de 0,1% no quarto trimestre de 2012, indicam estimativas oficiais divulgadas nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio.
A maior economia do mundo havia crescido 3,1% no trimestre de julho a setembro. Economistas creem que, no trimestre seguinte, o resultado foi afetado pelas tensões envolvendo o chamado "abismo fiscal" – os cortes de gastos e a elevação de impostos previstos para vigorar no início deste ano.

O gatilho foi evitado no último minuto por um acordo no Congresso, mas pode ter surtido efeito negativo na confiança dos empresários, que decidiram interromper a restituição dos seus estoques nos últimos três meses do ano, acreditam analistas.
Se o número for confirmado – estas estatísticas são preliminares e serão revisadas duas vezes nos próximos dois meses –, será a primeira contração econômica dos EUA desde a recessão global de 2009.

Forças opostas
Entretanto, os resultados indicaram duas tendências opostas: primeiro, uma redução nos gastos do governo, em linha com os fins das medidas anticíclicas postas em prática durante os primeiros quatro anos do governo do presidente Barack Obama.
Os gastos de defesa, em particular, tiveram a sua maior redução (22%) desde 1972, quando os EUA estavam saindo da Guerra do Vietnã.
Por outro lado, os números indicaram saúde no setor privado: os gastos dos consumidores continuam acelerando, passando de um ritmo de 1,6% no terceiro trimestre para 2,2% nos três meses seguintes. Houve também sinais de recuperação no mercado imobiliário.
Ao mesmo tempo, um relatório separado sobre o emprego divulgado nesta quarta-feira – os números do instituto de pesquisas ADP, com sede em Nova Jersey – indicou que o mercado de trabalho acrescentou 192 mil vagas em janeiro, o ritmo mais forte de crescimento desde fevereiro do ano passado.
Os números oficiais do emprego nos EUA no primeiro trimestre serão divulgados na próxima sexta-feira pelo Escritório das Estatísticas do Trabalho.
Analistas apontam a recuperação do mercado de ações e a volta do apetite por riscos no início deste ano como sinais de que o crescimento da economia americana será em 2013 puxado pelo setor privado.
Quando se considera todo o ano de 2012, as estimativas iniciais apontam um crescimento de 2,2% da economia americana, uma aceleração em relação ao 1,8% registrado em 2011.
Para este ano, organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetam um crescimento econômico de 2% para o país.

'Boa forma'
O analista Peter Newland, do banco Barclays em Londres, notou que, à parte o peso dos gastos de defesa e dos estoques, o relatório sobre a economia americana "teve um tom positivo".
Paul Ashworth, da Capital Economics, descreveu o resultado como "a contração com melhor forma que se verá no PIB americano".
"O efeito negativo vindo do setor de defesa e dos estoques acontece apenas uma vez: o resto do relatório é animador", resumiu.

Ainda assim, o encolhimento econômico do quarto trimestre deve aumentar a pressão sobre o Fed (banco central americano) para manter as suas medidas de estímulo da economia.
O Fed, que encerrou sua reunião nesta quarta-feira, disse que continuaria com o seu programa de compra de títulos do governo e manteria os juros da economia quase zerados até que o desemprego baixe dos atuais 7,8% para 6,5%, desde que a inflação permaneça sob controle.

Efeitos no Brasil
À parte um efeito negativo nas bolsas nesta quarta-feira, economistas não acreditam que a desaceleração da economia americana tenha grande impacto na recuperação econômica mundial.
O economista Marcos Troyjo, diretor do centro de estudos sobre os países Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), da Universidade de Columbia, em Nova York, crê que pelo menos para o Brasil os efeitos serão inexistentes.
"Tudo o que se podia creditar à crise internacional como inibidor do crescimento (no Brasil) já foi feito", disse Troyjo.
Ele observou que outras economias latino-americanas, inclusive que possuem laços estreitos com os EUA, como Colômbia, Peru e México, "estão se expandindo bem acima do Brasil". O crescimento brasileiro neste momento é metade do crescimento americano e mais lento que o de outros países Bric.
"Esse subdesempenho brasileiro está menos influenciado por problemas nas economias avançadas e mais pelas limitações do ambiente interno de negócios no país", argumentou o economista.
"Vamos perdendo apelo em comparação com outros países por não nos dedicarmos ao necessário 'choque de competitividade' que adviria de uma rápida adoção das reformas microeconômicas."

Fonte: BBC Brasil


Taxa de desemprego cai para o mínimo histórico, a 4,6%


A população desempregada atingiu 1,1 milhão de pessoas em dezembro, queda de 6% em comparação com novembro.

A taxa de desemprego caiu para o menor valor de toda a série histórica em dezembro, ao atingir 4,6%, disse o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro, o indicador estava em 4,9% e, em dezembro do ano anterior, em 4,7%.

Com esse resultado, na média dos 12 meses de 2012, a taxa de desocupação ficou em 5,5%, também a menor média anual, inferior em 0,5 ponto percentual à observada em 2011.

A população desempregada atingiu 1,1 milhão de pessoas em dezembro, queda de 6% em comparação com novembro. A população ocupada ficou estável, em 23,4 milhões.

Os trabalhadores do setor privado com carteira assinada somaram 11,6 milhões, crescimento de 1,3% na comparação com novembro, e de 3,6% na comparação com dezembro de 2011.

O rendimento real habitual ficou em R$ 1.805,00 em dezembro, uma queda de 0,25% ante o registrado em novembro, mas um avanço de 9% ante dezembro de 2011.

Fonte: Brasil Econômico

Fibria vê melhora na dívida e planeja novos negócios


Na avaliação da companhia, o problema de excesso de oferta por conta das novas fábricas de celulose afetarão o mercado negativamente apenas a partir de 2014.

A perspectiva para as empresas brasileiras que atuam no mercado de celulose parece ser bastante positiva para o ano de 2013.

Ao menos essa é a impressão passada pelos executivos da Fibria, durante a teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre e do ano de 2012 realizada nesta quinta-feira (31/1).

"Estamos preparando a empresa para crescer com disciplina. A intenção é diminuir ainda mais a alavancagem", afirmou Marcelo Castelli, presidente da Fibria.

O nível de endividamento da companhia, medido pela relação dívida/ebitda, passou para 3,4 vezes em dezembro passado, contra 4,5 vezes em setembro, e 4,8 vezes no mesmo mês de 2011.

"Começamos a falar em oportunidades de crescimento, sejam elas em celulose, ou desenvolvendo novos negócios ao longo da cadeia", pontuou o executivo.

Entre as ramificações, Castelli lembrou da questão florestal, onde a Fibria pode explorar o mercado de biocombustíveis, que "não demanda muito caixa complementar".

Em outubro do ano passado a Fibria adquiriu 6% de participação na americana Ensyn Corporation, que atua nesse nicho.

De acordo com o presidente da Fibria, o cenário para 2013 é visto como positivo, até melhor do que as expectativas iniciais.

Já em 2014, o executivo admite risco de excesso na oferta, em função da entrada em operação da fábrica da Suzano, no Maranhão, e da parceria Arauco-Stora Enso, no Uruguai, que terá efeitos adversos para as empresas do setor.

"Não quer dizer necessariamente que o impacto será tão terrível como o mercado espera", pontuou Henri Philippe Van Keer, diretor comercial da Fibria.

Para 2013, Keer disse que o mercado espera pelos reflexos da entrada em operação da fábrica de celulose da Eldorado Brasil, que tem capacidade de 1,5 milhão de toneladas anuais.

Segundo o diretor comercial da Fibria, esse impacto da celulose da Eldorado deve começar a ser sentido pelos agentes de mercado no segundo trimestre de 2013.

"Mas isso dentro de um contexto bastante positivo. Não podemos esquecer que Jari saiu do mercado, o que a gente sente claramente hoje em dia", disse Keer, que destacou também a crescente demanda vinda da China.

A Jari Celulose, Papel e Embalagens, que ficava entre o Amapá e o Pará, anunciou o fim de suas atividades em novembro do ano passado. A fábrica da empresa tinha capacidade para processar 410 mil toneladas de celulose por ano.

O presidente da Fibria falou que espera obter crescimento orgânico, mas que o foco principal será em fusões e aquisições. "Essa é a nossa preferência, e a recomendação do Conselho."

Uma atuação mais agressiva no plano de expansão da companhia, no entanto, tende a ganhar força quando a relação dívida/ebitda estiver em níveis mais brandos, ao redor de 2,5 vezes.

"Pretendemos continuar desalavancando a companhia, principalmente com fonte própria de geração de caixa", disse Guilherme Cavalcanti, diretor de finanças e de relações com investidores da Fibria.

Cavalcanti explicou que cerca de 80% do ebitda da Fibria está atrelado às variações do câmbio e do preço da celulose, o que dificulta previsões sobre o desempenho futuro do indicador dívida/ebitda.

"Tendo um ano favorável, podemos chegar ao final do ano com a relação dívida/ebitda abaixo de três vezes", afirmou o diretor.

"É um cenário possível, mas vai depender dessas variáveis. Obviamente vai depender também se conseguiremos fazer alguma monetização de ativos para acelerar isso", emendou o executivo.

Câmbio travado

Para se proteger de variações bruscas na cotação do dólar, a Fibria opta por uma estratégia de hedge chamada "zero cost collar", que busca minimizar os impactos negativos no caixa caso ocorra uma elevada depreciação do real.

Os ativos da companhia que estão sob essa proteção cambial somam cerca de US$ 410 milhões.

Com tal instrumento financeiro, a Fibria tem garantido como piso para o real o patamar de R$ 1,97. "Ou seja, se o real se valorizar abaixo de R$ 1,97, estou protegido", explica o diretor financeiro.

Na outra ponta do negócio, a empresa deixa de expandir seus lucros com o câmbio quando a cotação do dólar ultrapassar a marca dos R$ 2,61.

Cavalcanti explicou que um intervalo espaçoso como esse só foi possível porque a volatilidade na taxa da moeda americana ficou engessada por vários meses do ano passado no mercado brasileiro, o que barateou o preço do seguro.

Normalmente as operações desse tipo feitas pela Fibria variavam entre um piso de R$ 2,00 e um teto de R$ 2,30.

Fonte: Brasil Econômico

Governo zera IOF para estrangeiro em FIIs


A alíquota do IOF será zero no momento em que o investidor estrangeiro realizar a operação de câmbio para aplicar no FII, e vale a partir desta quinta-feira.

O governo zerou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros em aquisição de cotas de fundos de investimento imobiliário (FII), segundo decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff no Diário Oficial da União desta quinta-feira (31/1).

A alíquota do IOF será zero no momento em que o investidor estrangeiro realizar a operação de câmbio para aplicar no FII, e vale a partir desta quinta-feira.

Ao atrair estrangeiros para essas opções, a medida tem o potencial de atrair fluxo de dólar para o país e valorizar o real.

Nos últimos dias, o governo deu sinais de que o câmbio abaixo de R$ 2,00 é importante ajuda no combate à inflação, com o Banco Central (BC) intervindo no mercado de câmbio duas vezes.

Em contrapartida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que a política cambial não é instrumento de contenção de preços.

O fluxo de dólares — entrada e saída de moeda estrangeira do país — começou o ano negativo. Até o dia 25, houve saída líquida de US$ 2,692 bilhões.

Os FIIs são opções de investimento de longo prazo destinados a ganhos com locações, arrendamentos e alienação de empreendimentos imobiliários.

O decreto coloca esses fundos no mesmo patamar de aplicações de estrangeiros em ações e títulos de longo prazo emitidos por empresas, que já têm a alíquota do IOF zerada.

Fonte: Brasil Econômico

Mesmo com pessimismo externo, Ibovespa avança


Indicadores econômicos internacionais seguram o desempenho da bolsa brasileira, que registra leve valorização.

Após fechar com queda expressiva na véspera, o Ibovespa opera com alta discreta no pregão desta quinta-feira (31/1). Há pouco, o índice subia 0,39%, aos 59.571 pontos, com giro financeiro de R$ 3,4 bilhões.

De acordo com Luis Gustavo Pereira, estrategista-chefe da Futura Corretora, a compensação é natural já que o índice doméstico registrou queda muito mais expressiva que as demais bolsas globais na sessão de quarta-feira (30/1).

Entre os indicadores brasileiros, destaque para a taxa de desemprego, que recuou para 4,6% em dezembro, caracterizando o menor nível da série histórica.

Os agentes também assimilam a informação de que o governo decidiu zerar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para estrangeiros nas operações de aquisição de cotas de Fundos de Investimento Imobiliários.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam instáveis, com os investidores ainda anestesiados pelo baixo crescimento econômico e aos rumos da política monetária. 

Desta maneira, o Dow Jones subia 0,08%, o S&P 500 recuava 0,10% e o Nasdaq se valorizava 0,25%. 

"A volatilidade e a indefinição também são ditadas pela espera pela divulgação do payroll nesta sexta-feira (1/2)", aponta Pereira.

Os indicadores dessa sessão vieram mistos. Enquanto, o número de solicitações de seguro-desemprego aumentou na última semana, a atividade industrial de Chicago melhorou expressivamente em dezembro, voltando a ficar acima da barreira dos 50 pontos, o que indica expansão do setor.

Outro indicador apontou que a renda dos consumidores americanos subiu 2,6% em dezembro, assim como os gastos avançaram 0,2%.

No continente europeu, o pessimismo prevalece entre os agentes. O CAC 40, de Paris, cai 0,30%; o DAX, da Alemanha, perde 0,14%; e o FTSE 100, de Londres, retrai 0,54%.

Por lá, as vendas no varejo da Alemanha recuaram em dezembro, enquanto o desemprego diminuiu no início de 2013.

Destaques

De volta ao Ibovespa, entre as maiores altas, as ações do Pão de Açúcar (PCAR4) e Hypermarcas (HYPE3) lideram os ganhos, com alta de 3,63% e 3,60%, nesta ordem.

Na outra ponta, os papéis da Oi (OIBR3) e da Banco do Brasil (BBAS3) perdem 2,91% e 2,34%, nesta ordem.

Câmbio

E no mercado de câmbio, o dólar opera em alta de 0,15% em relação ao real, cotado a R$ 1,990 na compra e R$ 1,992 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Economia da Espanha caiu 1,37% em 2012


O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha caiu 1,37% em 2012, depois de um agravamento da recessão no quarto trimestre do ano, quando o conjunto da riquezas produzidas pelo país, o PIB, despencou 1,8%.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a piora da situação no país é consequência de uma redução no consumo interno, que foi compensada apenas parcialmente pelo aumento das exportações.
Os dados, ainda são provisórios, são piores do que estimativa do Banco Central da Espanha, que esperava uma contração de 1,3% em 2012, mas são exatamente o que previa o governo.
O Instituto Nacional de Estatística afirma que medidas para reduzir o déficit fiscal, o chamado plano de austeridade, com aumento de impostos sobre consumo e corte do equivalente ao décimo-terceiro salário, foram responsáveis pela contração.
O Instituto chama a atenção para o fato de que, embora as exportações do país tenham compensado parcialmente a redução do consumo interno, as vendas externas perderam força no último trimestre.

Fonte: BBC Brasil

Petrobras cai mais de 3%, após reajuste em combustíveis


As ações PETR3 recuam 4,19%, a R$ 18,53, enquanto os papéis PETR4 perdem 3,82%, a R$ 18,38.

As ações da Petrobras são destaque de queda desde a abertura do pregão, após a empresa anunciar aumento nos combustíveis. 

A abertura em queda de mais de 2% nas ações ordinárias e preferenciais da Petrobras surpreendeu parte do mercado, uma vez que o reajuste anunciado pela companhia na gasolina e no diesel irá reduzir as perdas da estatal com importações.

A Petrobras anunciou na noite de terça-feira (29/1) reajuste de 6,6% da gasolina nas refinarias e o diesel em 5,4%, a partir desta quarta. As ações PETR3 recuam 4,19%, a R$ 18,53, enquanto os papéis PETR4 perdem 3,82%, a R$ 18,38.

De acordo com Pedro Galdi, analista-chefe de investimentos da SLW Corretora, o clima na bolsa brasileira está muito pesado, pois há uma desconfiança muito grande dos investidores com as medidas do governo.

"Apesar do reajuste ter sido positivo, o preço da gasolina tem defasagem de 6% em relação ao preço internacional, e o diesel está defasado em 25%, o que penaliza a petrolífera, pois a importação é alta", justifica Galdi.

"O governo está desesperado com a inflação, com temor de que ela saia do controle", acrescenta.

Outro ponto que tem deixado os investidores desnorteados é o recente esforço de desvalorização do dólar, para tentar driblar a inflação também.

"Ninguém sabe ao certo onde o governo quer chegar, pois ele baixa o dólar para controlar, mas anuncia o reajuste, que irá pesar na inflação. Essas medidas estão afugentando principalmente o investidor local", destaca.

Além disso, a agenda de indicadores importantes nos Estados Unidos tem disseminado cautela. Para o analista, caso os dados sejam positivos, a Petrobras tem chance de terminar em campo positivo.

Fonte: Brasil Econômico

"Não se entusiasmem com a queda do dólar", avisa Mantega


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mandou um recado para quem aposta na queda do dólar e que ele ficará em um patamar baixo não se entusiasmar. “Nós não estamos mudando a política cambial. A política cambial do governo é a mesma e não permitirá uma valorização especulativa do real. Aviso aos navegantes. Isso veio para ficar. Não se entusiasmem, porque não vai acontecer isso. Desde que ele flutue dentro de um patamar que mantenha a competitividade da indústria e das exportações, ele pode flutuar perfeitamente.

Essa política que estamos praticando”, disse. Ele assegurou que a desvalorização do dólar não será usada como nova ferramenta da política do governo para conter a inflação, que começa a sofrer novas pressões como o aumento da gasolina a partir de hoje. “Outra coisa. O câmbio não é instrumento para baixar preço”, afirmou o ministro, hoje, a jornalistas após participar do último dia do Encontro Nacional dos Novos Prefeitos e Prefeitas.

Mantega ressaltou que o único instrumento de política monetária para baixar preço “é o juro e outros mecanismos que o Banco Central pratica”. “É verdade que no ano passado tivemos uma elevação do dólar, que nós apoiamos. Tivemos 20% de desvalorização do real e isso afetou a inflação. É verdade. Uma parte da inflação de 5,8%, que foi menor que 2011, digamos que 0,4 a 0,5 (ponto percentual ) foi da elevação do câmbio. A inflação na verdade, seria 5,3% se não tivesse havido a valorização do real”, afirmou. Para ele, esse impacto já foi absorvido e, se o dólar ficar estável, não ele não vai gera mais inflação. “E ele não pode ser usado como esse mecanismo. Não esperem que o cambio venha a derreter”, afirmou.

Na avaliação do ministro, “o dólar caminha para um patamar mais equilibrado, espontaneamente, com menos intervenções do governo”. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,985 e ainda hoje continuava abaixo de R$ 2, o que não acontecia desde julho do ano passado. Para Mantega, essa flutuação é normal, por enquanto. “O que interessa é que o câmbio tenha estabilidade e não haja muita volatilidade porque isso atrapalha o exportador. Se observamos nos últimos seis meses houve uma estabilidade no câmbio, mas isso não significa que ele fique fixo. Ele não é fixo. Ele tem flutuações”, disse o ministro, que garantiu que o governo poderá intervir no câmbio sempre que for necessário.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Crise atinge setor e produção de Páscoa se estabiliza


A produção de Páscoa atingiu 18 mil toneladas nos últimos dois anos, com 80 milhões de ovos vendidos.

A crise econômica mundial, que já penalizou tantos setores, não poderia deixar de atrapalhar uma das compras mais realizadas pelo o impulso, a de chocolates.

De acordo com Ubiracy Fonseca, vice-presidente de Chocolate da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), a produção de ovos de Páscoa para este ano deve ficar estável em relação ao ano passado.

"Para um país que cresceu 1% em 2012, com a recessão na Europa e os Estados Unidos crescendo pouco, a estabilidade está em linha com nossa projeção", destaca.

O  executivo aponta ainda que essa estabilidade não é algo negativo para o setor, pois é um segmento no qual as compras são realizadas por impulso. "O chocolate não é como arroz ou feijão. Ou seja, manter a produção igual a do ano passado, em meio a um ano conturbado, é uma vitória".

Para Ricardo Bassani, gerente de marketing da Nestlé, outro fator que colabora para as vendas em linha com as do ano passado é o fato da Páscoa acontecer mais cedo do que o normal. "Tem brasileiro que ainda está pagando as compras do Natal, além de impostos como IPTU e IPVA, o que acaba penalizando um pouco as vendas de ovos", explica o gerente.

No ano passado e em 2011, a produção de Páscoa atingiu 18 mil toneladas, com 80 milhões de ovos vendidos em mais de 800 mil pontos de venda no país.

A produção do setor, por sua vez, somou 650 mil toneladas em 2012, com consumo aparente (produção mais a importação menos a exportação) de 631 mil toneladas. Em relação às exportações, o número totalizou em 30 mil, enquanto as importações somaram 15 mil.

No entanto, Fonseca lembra que o mercado brasileiro ainda tem muito o que crescer. "Em termos de produção somos o terceiro país do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Alemanha. Atualmente, o consumo per capita do brasileiro é de 2,2 kg por ano, sendo que há três anos o valor estava em 1,65 kg. Na Alemanha e Suíça, o consumo atinge 12 kg", explica Fonseca.

Para este ano, sem dar detalhes, a Abicab projeta crescimento do setor por causa do otimismo das indústrias. Somente para a Páscoa foram contratados 20 mil trabalhadores temporários, divididos nas fábricas e nas lojas. "Além disso, as marcas estão investindo pesado nas fábricas", diz Fonseca.

Segundo Bassani, a Nestlé espera crescimento de 5% na Páscoa de 2013, em relação a 2012, por conta de forte expansão no ano passado. Para os produtos que são referências de presentes, o avanço deve ser entre 6% e 10%, "porque a Páscoa é um momento de presentear os familiares e amigos", completa o gerente.

Preços

Em relação aos preços, a entidade não projeta o valor do aumento, pois deixa a critério de cada empresa. No entanto, as marcas em geral estimam alta de 5%, em média, alegando avanço nos custos com insumos, mão de obra e embalagens.

Para a Abicab, uma das estratégias das marcas para alavancarem as vendas em meio a alta dos preços está nos licenciamentos, que são vistos como necessários para acirrar a concorrência. "Cada uma das marcas foca no que lhe convém. Seja em licenciamentos e brindes ou em chocolates gourmets", pontua Fonseca.

Fonte: Brasil Econômico

Governo central tem superávit primário de R$ 88,5 bilhões


Em dezembro, o resultado foi de R$ 28,324 bilhões.

O governo central - formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social - não conseguiu cumprir a meta cheia de superávit primário em 2012, ao registrar saldo positivo de R$ 88,528 bilhões, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (29/1).

A meta integral para o governo central era de R$ 97 bilhões no ano passado.

A economia fiscal foi alcançada com a receita de R$ 7,644 bilhões com dividendos no mês passado, somando R$ 28,019 bilhões no ano, e com receita de R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano do Brasil (FSB).

No resultado do ano, as despesas com o Programa de Aceleração do Crecimento (PAC) atingiram R$ 39,3 bilhões, com alta de 40,3% em relação ao ano passado.

Já a Previdência Social apresentou, no mês passado, superávit de R$ 6,572 bilhões, somando no ano saldo negativo de R$ 40,824 bilhões, ainda segundo dados do Tesouro.

O setor público consolidado - que engloba governo central, Estados, municípios e empresas estatais - tem meta de superávit primário de R$ 139,8 bilhões em 2012, mas o governo já adiantou que não vai conseguir alcançá-la integralmente.

Por isso, fez uma engenharia financeira. Primeiro, vai descontar os investimentos do PAC da meta. Também usará boa parte dos recursos do FSB e recebeu antecipamente dividendos de importantes estatais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 7 bilhões.

Em recente entrevista à Reuters, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse que o país já não precisa mais cumprir metas cheias de primário para assegurar queda da dívida pública, e justificou a engenharia financeira nas contas de 2012 porque Estados e municípios geraram pouco mais de R$ 20 bilhões de economia, metade do valor fixado.

Fonte: Brasil Econômico

Confiança da indústria atinge maior nível desde junho de 2011


SÃO PAULO, 29 Jan (Reuters) - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) manteve-se praticamente estável em janeiro em relação ao que foi registrado no final do mês anterior, ao passar de 106,4 pontos para 106,5 pontos, mas atingiu o maior nível desde junho de 2011, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta terça-feira.

Segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,3 por cento, para 106,8 pontos, mas o resultado foi compensado pela queda de 0,1 por cento no Índice de Expectativas (IE), para 106,1 pontos.

O indicador que avalia o nível de demanda foi o que mais contribuiu para o resultado do ISA, com alta de 1,1 por cento em relação a dezembro. O indicador atingiu 105,8 pontos, o maior patamar desde julho de 2011, quando estava em 107,8.

A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte aumentou de 14,7 por cento para 16,4 por cento, enquanto a proporção das que o consideram fraco passou de 10,1 por cento para 10,6 por cento.

Já o quesito produção prevista foi o que mais influenciou a leitura do IE, com recuo de 2,3 por cento em janeiro, para 132,2 pontos.

A proporção de empresas esperando menor produção aumentou de 4,1 por cento para 8,4 por cento, enquanto a parcela das que preveem maior produção, passou de 39,4 por cento para 40,6 por cento.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) alcançou 84,4 por cento em janeiro, ante 84,1 por cento em dezembro, maior nível desde fevereiro de 2011.

"Apesar da estabilidade no mês, o ICI manteve-se pelo quinto mês consecutivo acima da média histórica. Analisado em conjunto com a ampliação do uso da capacidade instalada em janeiro, o resultado sugere aceleração do crescimento do setor industrial na virada de ano", informou a FGV em comunicado.

Dados recentes vêm mostrando dificuldades do setor industrial, beneficiado por medidas de estímulo do governo, em concretizar uma recuperação mais efetiva nos meses mais recentes.

Em novembro, a produção industrial caiu 0,6 por cento sobre outubro e empurrou a expectativa de maior recuperação do setor para este ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga na sexta-feira os dados de dezembro da produção industrial.

Fonte: Reuters Brasil