Nos juros futuros, curva teve alta expressiva em função de ajuste técnico, após a queda na sexta-feira.
Desde o início dos negócios desta segunda-feira (8/10), o dólar operava próximo da estabilidade frente ao real, mas com valorização nas primeiras horas do pregão, que inverteu para um leve viés negativo durante a tarde, em mais um dia de baixa volatilidade.
A moeda americana encerrou a primeira sessão da semana ante a brasileira com uma tímida queda de 0,04%, negociada a R$ 2,029 para venda, em um pregão no qual o Dollar Index avançou 0,30%.
"Os bancos estão desfazendo posições compradas, o que tende a gerar essa queda do dólar", diz Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora.
As posições vendidas não são uma opção, já que o Banco Central (BC) impede qualquer queda na cotação da moeda americana que rompa o piso de R$ 2,02, e parece que a alta também não tem espaço, já que os exportadores logo aproveitam qualquer elevação para fechar operações.
Em setembro, os bancos tinham posições compradas (apostando na alta do dólar) em US$ 897 milhões. Em agosto, o montante chegava a US$ 1,8 bilhão.
Juros
No mercado de juros futuros, a curva se ajustou à forte queda do pregão passado, e teve um dia de alta.
Mais negociado, com giro de R$ 44,445 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 subiu de 7,095% para 7,115%, enquanto o para janeiro de 2014 avançou de 7,38% para 7,43%, com volume de R$ 33,763 bilhões.
"A curva fechou demais na sexta, o mercado exagerou na queda em função da palestra do [Luiz Pereira] Awazu", diz Paulo Petrassi, sócio gestor da Leme Investimentos. "Os agentes corrigiram esse exagero hoje".
Ainda que admita que a possibilidade de um corte adicional de 0,25 ponto percentual na Selic aumentou, mais por conta do discurso do diretor do que por dados de atividade ou de inflação, o especialista segue com sua aposta de estabilidade da taxa no encontro do Copom que termina na próxima quarta-feira (10/10).
A autoridade monetária afirmou que o cenário externo continua fragilizado, e que o BC deve seguir calibrando sua política monetária para compensar essa influência negativa do ambiente internacional no crescimento do nível da atividade doméstica.
Fonte: Brasil Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário