Segundo informações da internet e outros meios de comunicação (rádio/televisão), os lixões serão desativados no ano de 2014. Essa notícia é ótima e impactante, porém não foi divulgada ou popularizada para o cidadão brasileiro com deveria, o que dificulta a discussão sobre a problemática socioambiental disseminada pelo mundo.
Apesar da gravidade dos problemas gerados pelos lixões no Brasil (desmatamentos de áreas verdes, poluição da água, disseminação de doenças como a diarreia etc), vislumbro várias oportunidades educativas (distribuir jornais, revistas, folders e outros materiais didáticos) para serem democratizados nas escolas, nos mercados, nos hospitais e em outros espaços de convivência humana. Esse intuito de reeducação ambiental privilegia o cidadão que, de fato, precisa sentir-se apoiado e mobilizado a preservar a natureza de várias formas, a fim de valorizar a sustentabilidade social e ambiental, ou seja, agir contra a exclusão social entre as pessoas e outros que menosprezam direitos e deveres humanos.
Espero que os governantes brasileiros reflitam sobre nesta seguinte preocupação: de que forma o cidadão poderá ter acesso às informações educativas para compreender o processo de separação, coleta e reciclagem do lixo? Quem estará divulgando os programas de educação ambiental para ensinar os malefícios do lixo para sua vida e de seu vizinho? De que modo ele poderá opinar e participar das soluções educativas em sua cidade, bairro e região? Onde os especialistas da área ambiental podem ser encontrados para abordar as consequências dos lixos e os assuntos que envolvem a temática ambiental nas escolas, nos lares, nos hospitais?Quais são as instituições governamentais que dão palestras, cursos e outros voltados para as questões referidas acima?
Levara-se mais de duas décadas para os governos aprovarem a Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)no Brasil, a qual moraliza a inclusão de projetos socioambientais (coleta seletiva do lixo nas empresas e outros) que ajudam a diminuir os impactos dos lixões nas cidades brasileiras.Agora, é importante e urgente que os governantes, os educadores e os profissionais diversos (biólogos, geógrafos etc) se unam para enfrentar novos desafios sustentáveis, por meio de trabalhos educativos (histórias, teatros, oficinas sobre a temática do lixo) e políticas públicas que abordam a sustentabilidade no planeta.
Até quando vamos nos deparar com os gritos e os pedidos de socorro da natureza e com o silêncio de quem sabe realizar o trabalho especializado,responsável e comprometido com as causas ambientais no planeta?
Espero que as universidades, as faculdades, as empresas e as instituições governamentais – Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério da Educação (MEC), a mídia especializada e outros possam unir-se de forma articulada para solucionar os problemas gerados pelo analfabetismo ambiental, o qual retrata o desconhecimento dos problemas ambientais (poluição do lixo, da água, do ar etc) que acontecem em suas cidades locais. Assim, deve-se encontrar meios educativos e apropriados para mostrar a sociedade a importância de ver, denunciar, reavaliar, educar, informar, socializar e articular tudo que envolve bem-estar do homem e do meio ambiente.
Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente
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