Na Europa, a tendência ficou bastante definida. Os demais índices de ações operam divididos entre a cautela e o otimismo pelo momento econômico nos Estados Unidos e na China.
As preocupações com o cenário espanhol influenciam diretamente no desempenho dos investidores durante a sessão desta terça-feira (18/9).
De acordo com Luiz Roberto Monteiro, operador institucional da Renascença Corretora, pode ser averiguado um impasse na Espanha que está abalando os agentes da região.
"A relutância do governo em aderir a ajuda do BCE acontece, porque o país não quer obedecer a cartilha do credor. Em função desse comportamento, eles ainda não assumiram que precisam do resgate e estão travando o desempenho dos mercados europeus".
Neste contexto, as bolsas europeias fecharam a sessão em queda. O FTSE-100, de Londres, caiu 0,18%, o CAC-40, de Paris, perdeu 1,15%, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,47%.
Entre os indicadores, chama a atenção o indicador que mede a confiança do investidor alemão e da Zona do Euro. Os números referentes às expectativas com a economia trouxeram ânimo aos agentes, porém, posteriormente houve preocupação com a situação atual da economia.
Outro acontecimento foi o rendimento dos títulos públicos de dez anos da Espanha que voltou a superar a barreira dos 6% neste pregão. Foi a primeira vez que isso aconteceu depois que o BCE anunciou que estaria disposto a comprar bônus de déficit.
Em contrapartida, o leilão de título com vencimento em 12 ou 18 meses reportou resultado positivo, ao captar € 4,57 bilhões, com juros mais baixos que o esperado.
Nos Estados Unidos, as bolsas operam sem direção definida. O ânimo com as medidas de estímulo no país e na China ainda refletem os resultados. "Os anúncios mais recentes impulsionam as bolsas. Nem mesmo, o desânimo com a Espanha faz com que o pessimismo domine o mercado financeiro americano".
O S&P perdia 0,14%, o Nasdaq depreciava 0,22% e o Dow Jones avançava 0,03%.
Por aqui, o Ibovespa opera com volatilidade. Há pouco, o principal índice da BM&FBovespa recuava 0,13%, aos 61.725 pontos com giro financeiro de R$ 3,09 bilhões.
Destaques
Entre as maiores valorizações, os papéis da Cteep (TRPL4) subiam 4,39%, para R$ 36,17. Em seguida, as ações ordinárias da Cemig (CMIG4) avançavam 3,84%, cotadas a R$ 28,42.
Do lado negativo, o papel da Gol (GOLL4) tinha a maior queda, recuando 3,55%, negociado a R$ 10,61. Na sequência, os papéis da Brookfield (BISA3) caíam 2,96%, para R$ 3,94.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar comercial recuava 0,14% ante o real, negociado a R$ 2,0250 na compra e R$ 2,0270 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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