No mercado de juros futuros, curva fechou em baixa, com expectativa por recuperação lenta da economia brasileira no segundo semestre.
Com a ausência do mercado americano, fechado por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o câmbio doméstico operou com liquidez reduzida, o que elevou a volatilidade na cotação do dólar nesta segunda-feira (3/9).
Acompanhando o desempenho de outras moedas de países emergentes, o real perdeu valor frente à moeda americana no primeiro pregão da semana, refletindo dados fracos ruins na China e na Zona do Euro.
A divisa encerrou os negócios com uma leve alta de 0,09%, negociada a R$ 2,033 para venda.
"As bolsas da Europa fecharam em alta, na espera de ações por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco Popular da China, confirmando a leitura de que ‘quanto pior melhor'", diz Guilherme França Esquelbek, da Correparti, em relatório.
Entre os números que apontam para uma confirmação na desaceleração do gigante asiático, o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial recuou para 49,2 pontos em agosto, ante 50,1 em julho, atingindo o menor valor desde novembro de 2011.
Valores abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade.
Além disso, a Toyota informou que suas vendas na China caíram 15,1% no mês passado, após a baixa de 5% em julho.
O euro, por sua vez, teve uma recuperação e subiu 0,12%, a US$ 1,2594.
O movimento decorre de declarações do presidente do BCE, Mário Draghi, no sentido de que a compra de bônus com prazo de dois e três anos não contraria o tratado da União Europeia, elevando as chances de novas atuações da autoridade, pontua Esquelbek.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa encerrou em baixa nesta segunda, por conta da expectativa por uma recuperação lenta da economia brasileira durante o segundo semestre, evidenciada no boletim Focus do Banco Central (BC).
Mais negociado, com giro de R$ 48,895 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2013 recuou de 7,27% para 7,24%, enquanto o para janeiro de 2014 caiu de 7,83% para 7,74%, com volume de R$ 27,294 bilhões.
Os economistas consultados pela autoridade monetária preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer apenas 1,64% em 2012, ante a expectativa por uma expansão de 1,75% na semana passada. Foi a quinta semana seguida de queda nas projeções.
Fonte: Brasil Econômico
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