Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ibovespa ignora cenário externo e mantém valorização


Em meio a preocupações com cenário europeu, as bolsas internacionais operam em campo negativo.

Mesmo com as turbulências que marcam o panorama dos principais índices de ações internacionais, o Ibovespa avança nesta segunda-feira (24/9). Há pouco, o principal índice da bolsa paulista subia 0,50%, aos 61.628 pontos, com giro financeiro de R$ 2,37 bilhões. 

O desempenho das blue chips, empresas que possuem maior peso dentro do índice doméstico, favorece os ganhos do Ibovespa. Entre elas, destaque para os papéis da OGX Petróleo (OGXP3), que apreciavam 1,11%, vendidos por R$ 6,38; e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) tinham alta de 1,07%, à R$ 34,01.

Além disso, o relatório Focus do Banco Central (BC) interrompeu a sequência de baixas na projeção de crescimento do Produto interno Bruto (PIB) e aumentou a projeção da Selic, que passou de 7,25% para 7,5% - um indicativo de que os juros ficarão no atual patamar até o final do ano, beneficiando as aplicações em renda variável.

Ainda por aqui, o leilão de fechamento de capital da Redecard vai elevar o volume de negócios na bolsa doméstica.

No continente europeu, a atenção dos investidores ficou dividida entre Espanha e Grécia. A preocupação com a indecisão de Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha, continua. O governo espanhol ainda não decidiu se formaliza ou não o pedido de resgate financeiro ao Banco Central Europeu (BCE). 

Com isso, as bolsas da região encerraram com retração. O FTSE-100, de Londres, caiu 0,24%, o CAC-40, de Paris, se desvalorizou 0,95%, e o DAX, de Frankfurt, recuou 0,52%.

A tensão na Grécia decorre da espera pela decisão de seus credores, BCE, Comissão Europeia e Fundo Monetário internacional (FMI), que formam a Troika, sobre um aumento do prazo para que os gregos cumpram as exigências de cortes orçamentários. 

"Os gregos apenas querem que sejam mais brandos em relação às exigências. As expectativas e o temor de que os credores não fiquem penalizados derrubaram os índices neste pregão", avalia Pedro Galdi, economista-chefe da SLW Corretora. 

Além disso, vale destacar a confiança dos empresários alemães, que voltou a reportar um resultado desfavorável, sinalizando que, mesmo após os pacotes de estímulo ao redor do mundo, a desaceleração global ainda perturba os agentes globais.

Ainda por lá, as divergências sobre a União bancária entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro francês, François Hollande, podem ser consideradas outro ponto de referência negativo. 

Nos Estados Unidos, as bolsas acompanham o desempenho dos mercados europeus e operam no vermelho. O S&P 500 retrai 0,30%, o Nasdaq cai 0,69% e o Dow Jones perde 0,18%. 

O índice de atividade econômica de Chicago leva pessimismo aos investidores da região. Em contrapartida, mesmo permanecendo negativo, o indicador que avalia a atividade manufatureira de Dallas melhorou, passando de -0,16 para -0,9 pontos em setembro.

"Com isso, os investidores passaram a operar com um pouco mais de fôlego. Ainda assim, as bolsas, devem permanecer em ritmo de desaceleração", explica Galdi.

Destaques

Voltando ao panorama brasileiro, entre as maiores altas do índice, os papéis da Gol (GOLL4) subiam 4,78%, para R$ 12,05. Em seguida, as ações ordinárias da Duratex (DTEX3) avançavam 3,15%, cotadas a R$ 13,41.

Do lado negativo, o papel da Cielo (CIEL3) tinha a maior queda, recuando 3,63%, negociado a R$ 57,34. Na sequência, os papéis da Embraer (EMBR3) caíam 2,84%, para R$ 13,36.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar operava com valorização de 0,14% em relação ao real, negociado a R$ 2,0240 na compra e R$ 2,0260 na venda.

Fonte: Brasil Econômico

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