Nem mesmo os indicadores desfavoráveis nos Estados Unidos afetaram o bom humor do investidor.
As medidas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), anunciadas na última sessão, mantêm o otimismo entre os agentes globais durante o pregão desta sexta-feira (14/9).
A decisão anunciada por Ben Bernanke, presidente do Fed, envolve uma nova rodada de afrouxamento quantitativo (QE3), em que serão comprados mensalmente US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipoteca. O plano permanecerá vigente por tempo indeterminado até que os números relacionados ao mercado de trabalho e à economia do país registrem avanços consideráveis.
Neste sentido, as bolsas de Wall Street sobem. O S&P avança 0,49%, o Nasdaq aprecia 0,52% e o Dow Jones ganha 1,14%.
De acordo com Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica, a decisão do Fed teve repercussão bastante positiva entre os investidores mundiais. "O aumento dos índices de commodities e de petróleo também contribui para puxar todos os índices para cima. Vale lembrar que o bom desempenho deles é motivado pelas medidas de estímulo de Bernanke".
Entre os indicadores dos Estados Unidos, Rosa avalia que os resultados não vieram favoráveis, mas também não foram suficientes para derrubar as bolsas globais.
"Os resultados ruins acabam justificando o QE3. Mesmo que o números tivessem sido um pouco piores, os investidores continuariam surfando na injeção anunciada por Bernanke".
No continente europeu, os investidores assimilam apenas nesta sessão o plano de estímulo do banco central americano. "Como já estavam fechadas quando Bernanke fez o anúncio, as bolsas europeias já iniciaram com elevação acentuada", avalia Rosa.
Desta maneira, o FTSE-100, de Londres, subiu 1,64%, o CAC-40, de Paris, ganhou 2,27%, e o DAX, de Frankfurt, avançou 1,39%.
Na agenda da região, destaque para a inflação da Zona do Euro, que foi de 2,6% em agosto.
Por aqui, os investidores operam com otimismo, acompanhando o movimento das bolsas externas. Há pouco, o principal índice da bolsa paulista avançava 0,89 %, aos 62.508 pontos, com giro financeiro de R$ 6,69 bilhões.
Na agenda brasileira, o destaque fica para o IBC-Br, que é considerado uma preliminar do Produto Interno Bruto (PIB). O Banco Central (BC) indica que a economia brasileira registrou crescimento de 0,42% em julho
Destaques
Entre as maiores valorizações, os papéis da CSN (CSNA3) dão sequência à valorização vista no pregão anterior e sobem 4,59*%, para R$ 13,68.
Em seguida, as ações ordinárias da Suzano Papel e Celulose (SUZB5) sobem 4,57%, cotadas a R$ 5,49; e os papéis da BM&F Bovespa (BVMF3) avançam 3,97%, para R$ 12,56.
Do lado negativo, a ação da Rossi Residencial (RSID3) tinha a maior queda, recuando 4,67%, negociada a R$ 5,71. Na sequência, os papéis da Vanguarda Agro (VAGR3) caíam 2,70%, para R$ 0,36.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar comercial avança 0,09% ante o real, negociado a R$ 2,0190 na compra e R$ 2,0210 na venda.
Fonte: Brasil Econômico
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