Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inflação da OCDE sobe pelo 3º mês seguido em julho, mas no Brasil cai

Inflação de seus 34 membros subiu 1,9% na comparação com julho do ano passado; no Brasil, a taxa perdeu força, passando de 6,7% em junho para 6,3% em julho.

A taxa anual de inflação entre os 34 países-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu pelo terceiro mês seguido em julho, o que pode tornar mais difícil para os bancos centrais manterem suas políticas de estímulo monetário. No Brasil, que não integra a OCDE, porém, a taxa anual de inflação perdeu força.

A OCDE informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de seus 34 membros subiu 1,9% na comparação com julho do ano passado, uma aceleração depois da alta anual de 1,8% registrada em junho. Os preços da energia aumentaram 4,5% nos 12 meses até julho, depois de avançarem 3,4% nos 12 meses até junho. Os preços dos alimentos cresceram 2,2%, mais do que a alta de 2,0% de junho. Excluindo itens voláteis como energia e alimentos, o núcleo do CPI na OCDE permaneceu inalterado em 1,5%.

No Japão a inflação anual subiu para 0,7% em julho, de 0,2% em junho, atingindo a taxa mais alta desde novembro de 2008. Também houve aumento na inflação dos EUA, de 1,8% em junho para 2,0% em julho. Por outro lado, a inflação anual na Itália diminuiu de 1,2% para 1,1% e no Reino Unido caiu de 2,9% para 2,8%. A inflação na zona do euro ficou estável em 1,6%.

Entre as maiores economias em desenvolvimento, a taxa anual de inflação aumentou na Indonésia e na África do Sul, mas perdeu força no Brasil, passando de 6,7% em junho para 6,3% em julho. Na Rússia e na Índia a inflação também teve desaceleração, enquanto na China a taxa anual permaneceu em 2,7%.

Programas de estímulo

A OCDE disse que o crescimento dos EUA deve acelerar para uma taxa anualizada de 2,7% até o último trimestre deste ano, de 2,5% no segundo trimestre. A economia japonesa vai registrar um crescimento de 2,4%, enquanto a França e a Alemanha - as maiores economias da zona do euro - devem ter expansão de 2,4% e 1,6% até o final do ano, respectivamente.

"É necessário sustentar a demanda, inclusive por meio de políticas monetárias não convencionais, e assegurar que a recuperação não seja prejudicada", disse a OCDE.

A OCDE disse também que ainda é muito cedo para os bancos centrais dos países avançados finalizarem suas políticas monetárias de flexibilização, apesar da contínua recuperação no crescimento. Segundo a organização, o Federal Reserve deve reduzir gradualmente o nível de compras de títulos, enquanto continua a manter as taxas de juros baixas por algum tempo.

A OCDE destacou que a zona do euro continua vulnerável a tensões renovadas dos setores financeiras, bancários e de dívida soberana, com muitos bancos no bloco com capitalização insuficiente e sobrecarregados com empréstimos inadimplentes.

Sobre os emergentes, a OCDE disse que a contida recuperação no crescimento econômico global pode ser ainda mais enfraquecida se a forte saída de capital de economias em desenvolvimento se intensificar.

Em um relatório sobre as perspectivas de curto prazo para as principais economias, a OCDE disse que, embora haja sinais de que as economias desenvolvidas estão se recuperando, uma desaceleração nos países em desenvolvimento significa que o crescimento global deverá se manter "lento".

Fonte: O Estado de S. Paulo

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