PEQUIM, 10 Set (Reuters) - Uma produção industrial mais forte que o esperado reforçou outros sinais de que a economia da China está se estabilizando depois de desacelerar por mais de dois anos, no momento em que os principais mercados emergentes se prepararam para a possível redução dos estímulos dos Estados Unidos.
O crescimento da produção industrial atingiu máxima de 17 meses e as vendas no varejo cresceram no ritmo mais rápido neste ano em agosto, aumentando a confiança de que após desacelerar em nove dos últimos 10 trimestres, a segunda maior economia do mundo pode estar retomando o ímpeto.
Mas qualquer recuperação deve ser turbulenta. Os líderes da China deixaram claro que podem aceitar um crescimento mais lento conforme tentam diminuir a dependência da economia do investimento e das exportações em favor do consumo doméstico.
E investidores estão preocupados sobre como as economias emergentes vão agir quando o banco central dos Estados Unidos reduzir seu estímulo monetário, possivelmente já na próxima semana, embora analistas digam que a China está melhor posicionada do que outros.
"Os números melhores do que o esperado mostraram que o ímpeto da recuperação da economia da China é mais forte do que as expectativas do mercado", disse Li Huiyong, economista do Shenyin & Wanguo Securities.
O governo determinou uma meta de crescimento para 2013 de 7,5 por cento, o que seria o resultado mais fraco em mais de duas décadas.
A produção industrial saltou 10,4 por cento em agosto ante o ano anterior, acelerando ante 9,7 por cento em julho, para registrar o maior aumento desde março de 2012, informou a Agência Nacional de Estatísticas.
E as vendas no varejo subiram para 13,4 por cento em agosto na comparação anual, crescimento mais rápido neste ano, com o ritmo anual de investimento em ativo fixo acelerando ligeiramente para 20,3 por cento nos primeiros oito meses de 2013.
Dados do banco central mostraram novos empréstimos bancários de 711,3 bilhões de iuanes (116,2 bilhões de dólares) em agosto, acima da expectativa de 700 bilhões de iuanes em pesquisa da Reuters e mais um sinal de confiança.
Fonte: Reuters Brasil
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