Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Decisão do Fed em manter estímulos é muito boa para o país, diz Mantega

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem (18) que a decisão do Federal Reserve (Fed - o Banco Central dos Estados Unidos) de manter o programa de estímulo é muito boa para o Brasil. Nesta quarta-feira, o Fed decidiu manter o programa de compra de ativos que irriga o mercado norte-americano com US$ 85 bilhões, em média, por mês.

“Isso é muito bom porque indica que pode haver uma diminuição da volatilidade. O que atrapalha os negócios e a economia é a volatilidade. E havia uma grande volatilidade, que pode agora estar se dissipando, o que é muito bom para o ambiente de negócios”, disse o ministro em entrevista à imprensa, na capital paulista.

De acordo com o ministro, o anúncio feito pelo Fed mostrou que o mercado estava “exagerando um pouco” nas expectativas. E também que o Federal Reserve errou na comunicação inicial, quando membros do banco não sabiam direito se iriam reduzir ou acabar com os estímulos. Havia expectativa de fim do programa ou de retirada gradativa do incentivo, por causa dos sinais de recuperação econômica dos Estados Unidos.

“O Fed hoje deu uma sinalização de que a aterrissagem será suave na sua correção de estímulos, o que significa que eles vão cortar, mais devagar, os estímulos monetários que colocam na economia. Hoje eles estão colocando US$ 85 bilhões por mês, injetando-os na economia. Havia uma expectativa de que eles iriam diminuir isso. Mas o presidente do Fed, Ben Bernanke, declarou que a economia americana não se recupera a ponto de permitir uma desativação dos estímulos”, disse Mantega.

Para o ministro da Fazenda, o Brasil vai caminhar agora para “uma tranquilidade maior” na área cambial. “E com a vantagem de que, com o dólar menos valorizado, vamos ter também uma pressão menor inflacionária”, ressaltou. “A tendência é que haja uma calmaria, o que vai beneficiar a realização dos negócios”, declarou.

O ministro, no entanto, não fez previsões sobre o câmbio. “Não sei aonde vai chegar. Provavelmente o Banco Central poderá diminuir a sua intervenção, e caberá a ele decidir isso. Mas o que interessa para nós é a estabilidade. Não temos um patamar ideal. Mas é claro que R$ 2,40 é um exagero e trazia inconveniências”, ressaltou. O ideal, segundo Mantega, é que o câmbio não flutue de forma demasiada, nem para cima nem para baixo.

Durante a entrevista, o ministro também disse que acredita que o crescimento do país este ano possa ultrapassar a previsão de 2,5%. “Estou sentindo que há uma recuperação geral da economia. Tenho visto vários setores e a confiança e a produção estão melhorando. A perspectiva é de um gradual aumento do crescimento. Estava trabalhando com 2,5% [crescimento no ano], mas a esta altura penso que pode ser um pouco mais que isso. Mas é bom aguardar o resultado antes de festejá-lo”.

Fonte: Agência Brasil

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