Presidente do Banco Central acredita que a recuperação mundial deve se consolidar em 2013.
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que a atividade econômica brasileira está se recuperando gradativamente no segundo semestre de 2012, e que avanços mais acentuados devem se consolidar em 2013.
Além de destacar a retomada da indústria, Tombini considerou que os setores de serviços e agronegócios têm apresentado resultados favoráveis ao panorama econômico do país. O presidente do BC destacou ainda que a recuperação do crescimento, mesmo sendo inferior às estimativas, se materializará em um cenário com a inflação sob controle.
Entre os fatores que devem colaborar para que a inflação se posicione dentro da meta em 2013, Tombini pontuou que o reajuste do salário mínimo será inferior ao observado neste ano, tendo impacto nos custos de produção.
Além disso, as perspectivas para os próximos semestres apontam moderação na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, dadas as condições vigentes e prospectivas das economias.
"Somem-se a isso os efeitos das iniciativas que vão impactar diretamente os índices de preços ao consumidor", afirmou Tombini.
A expansão do crédito em linha com o crescimento de renda das famílias e o frágil cenário internacional também contribuem para o movimento estimado para a convergência da inflação no próximo ano.
Dessa forma, "a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2013", considerou Tombini.
Cenário Internacional
O presidente do BC voltou a demonstrar preocupação com o baixo crescimento da economia global. Ele pontuou que as vulnerabilidades econômicas da Europa persistem e são graves. Mesmo com as medidas deste ano, Tombini avalia que não foi proposta nenhuma solução definitiva que pudesse estabelecer uma dinâmica de crescimento sustentável na região.
Quanto aos Estados Unidos, referiu-se à questão fiscal como principal fonte de insegurança. De acordo com o presidente do BC, o "abismo fiscal" pode gerar uma contração fiscal de até 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
Sobre a China, Tombini explicou que espera um crescimento um pouco abaixo do apresentado em anos anteriores, mas não demonstrou pessimismo com o desempenho econômico do país.
Fonte: Brasil Econômico
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