Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Vendas no varejo crescem 0,8% em outubro



Em outubro, o comércio varejista variou 0,8% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal na comparação com o mês anterior (com ajuste sazonal). É o quinto mês consecutivo de crescimento do volume e o oitavo com elevação da receita. A média móvel trimestral registrou taxas de 0,4% para o volume e de 1,1% para a receita. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo registrou, em termos de volume, acréscimos de 9,1% sobre outubro do ano anterior, de 8,9% no acumulado dos dez primeiros meses do ano e de 8,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita apresentou taxas de 13,9%, 12,3% e de 12,0%, respectivamente. O comércio varejista ampliado teve variações em relação ao mês anterior de 8,0% para o volume e de 4,7% para a receita, ambas as com ajuste sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 14,5% para o volume e de 15,6% para a receita. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor mostrou variação, respectivamente, de 8,5% e 7,6% para o volume de vendas, e de 9,7% e 9,1% para a receita nominal. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página 



Entre as dez atividades, sete têm variação positiva
Para o volume de vendas com ajuste sazonal, sete atividades tiveram variações positivas e três, negativas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,4%); veículos e motos, partes e peças (13,3%); livros, jornais, revistas e papelaria (5,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,3%); Material de construção (2,8%); móveis e eletrodomésticos (1,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%); combustíveis e lubrificantes (-0,3%); e tecidos, vestuário e calçados (-2,2%).
Já na relação outubro12/outubro11 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo tiveram variações positivas no volume de vendas: 6,7% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 13,0% para móveis e eletrodomésticos; 13,6% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 11,5% em combustíveis e lubrificantes; 12,8% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 16,6% para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 4,5% em tecidos, vestuário e calçados e 11,6% para livros, jornais, revistas e papelaria.
O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 6,7% no volume de vendas, em outubro, sobre igual mês do ano anterior, continuou tendo a maior contribuição para a taxa global do varejo (33%). Por conta da inflação no setor, o segmento teve desempenho abaixo do resultado do varejo, ao contrário de setembro. Mas, a atividade vem sendo impulsionada pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento e da estabilidade do emprego. Os resultados acumulados no ano e nos últimos 12 meses foram de 8,7% e 8,1%, respectivamente.
Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 13,0% no volume de vendas em relação a outubro do ano passado, proporcionou o segundo maior impacto na formação da taxa de desempenho do comércio (26%). Esse resultado, superior à média estabelecida no varejo, é atribuído ao crédito, à redução de preços dos eletroeletrônicos estimulada pela manutenção da redução do IPI e à trajetória positiva da massa de rendimentos real habitual dos assalariados. Em termos acumulados, o segmento assinala expansão de 13,1% para os dez primeiros meses do ano, sobre igual período de 2011, e de 13,3% para os últimos 12 meses.
A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., com variação de 13,6% no volume de vendas em relação a outubro de 2011, exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa (13%). As condições favoráveis de crédito, o comportamento da massa de salários, a estabilidade do emprego e a comemoração do Dia das Crianças, são os fatores que explicam o desempenho positivo do segmento. Em termos acumulados, a taxa para os primeiros dez meses do ano foi de 8,4% e, para os últimos 12 meses, de 7,2%.
Com a quarta maior participação na taxa do varejo, combustíveis e lubrificantes variou 11,5% no volume de vendas em relação a outubro de 2011. Em termos de desempenho acumulado no ano, a taxa chegou a 6,9% e, nos últimos 12 meses, a 5,9%. Contribuíram para isso, o aumento da frota de veículos e a redução de preço dos combustíveis (com variação de -2,0% em 12 meses, segundo o IPCA).


Varejo ampliado cresce 8,0%
O comércio varejista ampliado registrou variações em relação ao mês anterior de 8,0% para o volume de vendas e de 4,7% para a receita nominal, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 14,5% para o volume de vendas e de 15,6% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação, respectivamente, de 8,5% e 7,6% para o volume de vendas, e de 9,7% e 9,1% para a receita nominal.
Quanto ao volume de vendas, veículos, motos, partes e peças aumentaram 24,0% em relação a outubro de 2011. Esta variação se deve basicamente à política de renúncia fiscal do governo elaborada a partir da redução do IPI para os veículos. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses as variações foram da ordem de 7,7% e 6,0%, respectivamente.
Quanto a material de construção, as variações foram de 14,0% na relação outubro de 2012 contra outubro de 2011, de 8,4% no acumulado do ano e de 7,9% nos últimos 12 meses. Segundo o Banco Central, em outubro, os empréstimos com recursos direcionados apresentaram crescimento significativo com ênfase para o crédito habitacional, o que pode ser atribuído à redução da taxa de juros. Os incentivos fiscais do governo através da redução do IPI continuam estimulando o desempenho do segmento.


Todos os estados têm resultados positivos na comparação com outubro de 2011
Considerando o volume de vendas na relação outubro12/outubro11, todas as 27 unidades da federação tiveram variações positivas, sendo as mais significativas em Roraima (29,3%); Maranhão (22,7%); Acre (22,4%); Mato Grosso do Sul (21,3%) e Tocantins (19,4%). No que diz respeito à participação na composição da taxa, os destaques foram, São Paulo (9,4%); Rio Grande do Sul (13,0%); Minas Gerais (7,1%); Rio de Janeiro (5,0%) e Paraná (8,4%).
Em relação ao varejo ampliado, os 27 estados obtiveram taxas de crescimento positivas no volume de vendas e as maiores variações ocorreram em Tocantins (33,0%); Maranhão (26,3%); Mato Grosso do Sul (23,7%); Amapá (22,5%) e Goiás (22,4%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (13,8%); Rio Grande do Sul (17,7%); Rio de Janeiro (11,2%); Minas Gerais (12,7%) e Paraná (15,8%).
Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas, na comparação mês/mês anterior, apontam 16 dos 27 estados com variação positiva, sendo os destaques: Acre (5,5%); Tocantins (5,0%); Maranhão (3,8%); Paraíba (2,9%) e Mato Grosso do Sul (2,2%). Dos negativos, as maiores quedas ocorreram em Roraima (-2,7%); Amapá (-2,1%) e Goiás (-1,2%).

Fonte: IBGE



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