Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasil verá "reindustrialização" em 2013, diz Fiesp


"Devemos ter em 2013 um crescimento em torno de 2,5% a 3,5%. Mas este ano não podemos comemorar", afirmou Paulo Skaf.

Após observar desempenho negativo e o encolhimento da indústria neste ano, a Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (Fiesp) espera a "reindustrialização" do país a partir de 2013.

Segundo a entidade, o motivo para o "otimismo" são os efeitos esperados de medidas lançadas pelo governo durante o ano, como queda da taxa Selic, redução das tarifas de energia, programas de concessão em infraestrutura e, mais recentemente, desvalorização do câmbio.

"Devemos ter em 2013 um crescimento em torno de 2,5% a 3,5%. Mas este ano não podemos comemorar", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp, durante coletiva para balanço do setor nesta terça-feira (18/12), em São Paulo.

A projeção da entidade é de recuo de 2% da produção da indústria de transformação neste ano. A Fiesp também prevê crescimento do PIB de 1% em 2012. Apesar dos resultados insatisfatórios do setor, Skaf definiu as ações do governo a favor da competitividade da indústria como "missão cumprida".

"O estado de espírito dos industriais está mudando. Estamos em uma direção correta", disse, destacando a necessidade de estímulos ao investimento.

Sobre o anúncio do governo de reduzir as tarifas de energia em até 20%, por meio da MP-579 em debate no Congresso, Skaf criticou a posição do governo paulista e da Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo) de não aderir à proposta do Planalto.

"São Paulo deveria ser o exemplo porque tem 22% da população do país e 42% do parque industrial. O governo mostrou mais preocupaçao com uma estatal que mantém cobranças indevidas do que com a populaçao."

"Ficamos dois anos cobrando providências do governo contra um preço injusto, e os argumentos contra (a renegociação de tarifas) foram perdendo força", completou Skaf, que negou o argumento de concessionárias de que a ação do governo causou "surpresa ao mercado".

Segundo ele, a próxima bandeira da Fiesp no ano que vem será a redução do preço do gás, o que exigirá mais diálogo da entidade com a Petrobras. Em relação a juros e câmbio, Skaf destacou que ainda "há espaço" para a taxa Selic chegar a 5% em 2013, enquanto que uma cotação "correta" do dólar no país seria entre R$2,30 e R$2,40.

"É evidente que houve uma melhora, mas creio que a tendência é um ajuste no próximo ano", concluiu.

Fonte: Brasil Econômico

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