O volume de vendas cresceu 0,8% em outubro, ante o mês anterior, considerando o varejo restrito.
Com a maior taxa de crescimento desde junho, o varejo brasileiro mostra que mantém os fundamentos sólidos no final deste ano. É o que se deduz da pesquisa de vendas no varejo divulgada pelo IBGE.
O volume de vendas cresceu 0,8% em outubro, ante o mês anterior, considerando o varejo restrito.
No varejo ampliado, que inclui materiais de construção e veículos, a alta chegou a 8%, reflexo da alta de 13,3% nas vendas de automóveis, após decisão do governo de estender a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao setor.
"O resultado de outubro confirma uma tendência de recuperação das vendas do varejo no último trimestre. A melhora do desempenho do varejo restrito pode ser creditada, em grande medida, à recente recuperação do mercado de trabalho, com melhora dos rendimentos e da ocupação", afirmam em relatório os economistas da consultoria LCA.
A alta no varejo restrito sinaliza que o desempenho do varejo continua firme, e não depende de medidas de estímulo.
Em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas acumulam alta de 9,1%.
"Se levarmos em consideração o peso de cada atividade, em primeiro lugar temos hipermercados, com 33% da participação nessa taxa de 9,1%, e em segundo móveis e eletrodomésticos, com 26% de participação na taxa", afirma Reinaldo Pereira, gerente da pesquisa do IBGE.
A LCA elevou a projeção para o crescimento do volume de vendas do comércio varejista restrito em 2012, de 8% para 8,5%. Para 2013, a LCA aumentou a previsão de expansão de 6% para 6,5%.
Para os economistas Jankiel Santos e Flávio Serrano, do Banco Espírito Santo, o número mostra que o varejo não veria uma catástrofe na ausência de estímulos ao setor automotivo.
"A duradoura tendência de alta que o varejo vem percebendo desde 2003 parece longe de terminada, o que torna ainda mais difícil de entender por que o governo brasileiro insiste em dar incentivos ao consumo, em vez de criar melhores condições para a oferta (isto é, incentivos aos investimentos)", afirmam os analistas, em relatório.
A preocupação dos analistas é que, com a recente retomada de alta nos preços, incentivos à demanda piorem o quadro inflacionário.
Fonte: Brasil Econômico
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