Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Prévia do PIB mostra novo caminho de crescimento


A melhora no mercado de trabalho e a renda estável no ano que vem garantirão ao país novos meios de crescimento, como o consumo.

A surpreendente alta de 0,36% na prévia do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro, em relação ao mês anterior, pode confirmar a mola propulsora para a economia brasileira no ano que vem: o consumo doméstico.

O avanço pegou de surpresas especialistas que acreditavam em acréscimo de apenas 0,1% no período.

Segundo o professor do Ibmec, Mauro Rochlin, o acréscimo de 0,1% era esperado por causa do mau desempenho em setembro.

"Para nós estava claro que os estímulos ao setor automobilístico tinham se esgotado, pois em setembro foi um mês bem ruim", destaca o professor.

"Todos os incentivos concedidos até agora pelo governo brasileiro têm estimulado o consumo das famílias, o que reforça nossa percepção de que é improvável que a inflação desacelere no curto prazo. Além disso, o fraco desempenho dos investimentos nos últimos trimestres aumenta a nossa preocupação no que diz respeito à incompatibilidade entre a oferta e a demanda, o que não é bom para o controle da inflação ao longo do tempo", aponta relatório elaborado pelos economistas Jankiel Santos e Flávio Serrano, do Banco Espírito Santo.

A melhora no mercado de trabalho e a renda estável no ano que vem garantirão ao país novos ramos de crescimento, como o consumo. Além disso, a perspectiva para 2013 é de redução da inadimplência do consumidor e das empresas, segundo a Serasa Experian.

Por outro lado, o professor não acredita que este bom desempenho seja observado no mês de novembro, por ser um mês fraco por causa de poucos dias úteis. Na análise da LCA Consultores, o ritmo da indústria em novembro deverá apontar para queda de 1%.

Além disso, se espera que as vendas no varejo no conceito ampliado se desacelerem na margem. Em dezembro, a expectativa é mais favorável, "pois esperamos uma aceleração da atividade econômica, com a recuperação da atividade industrial", estima a equipe da LCA.

Estímulos: até quando?

Segundo o professor, todos esses estímulos não irão surtir efeito para sempre. "Só a redução da taxa de juros não vai resolver. O governo precisa mostrar um ambiente cada vez mais propício aos negócios para atrair as empresas, gerar concorrência e garantir as melhores tarifas".

Para este ano, Rochlin acredita que o PIB não passará muito de 1%. Se a melhora no quarto trimestre for confirmada, ele estima um avanço de 1,2%.

Para 2013, o professor acredita em avanço de 3% da economia brasileira. "Dependemos em parte do exterior, se a retomada americana será consistente e se o ritmo da China vai melhorar ou não, assim como a crise na Europa", pontua.

Fonte: Brasil Econômico

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