Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Alta do combustível não atenua os riscos da Petrobras


Desafio da estatal petrolífera em 2013 será melhorar a eficiência de produção e cortar gastos.

A declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na manhã desta quarta-feira (19/12), afirmando que "certamente" haverá alta no preço do combustível no ano que vem impactou de forma positiva as ações da Petrobras.

Os papéis preferenciais da companhia (PETR4) terminaram o pregão com alta de 3,77%, impulsionando o desempenho do Ibovespa, que avançou 0,89%.

De acordo com Pedro Galdi, estrategista-chefe da corretora SLW, o papel está atrasado e o anúncio foi indutor de um ajuste técnico. "Isso dá confiança para o investidor", avalia.

No mês de dezembro, PETR4 acumula alta de 12,17% e no ano, após a performance da última sessão, o papel chegou perto de zerar as perdas, ficando negativo em 0,14%.

No entanto, o estrategista destaca que o aumento do combustível não atenua os riscos da estatal. "O problema da Petrobras é o compromisso de investimento para o pré-sal. A empresa precisa de caixa, por isso deve vender ativos e cortar gastos".

De fato, o corte no orçamento é uma preocupação latente da companhia, que prevê redução de R$ 32 bilhões nos custos operacionais nos próximos três anos.

Além da otimização do orçamento, o outro desafio da estatal será o aumento da produção.

"Mesmo com o avanço no número de poços de exploração, faz mais de dez anos que a empresa não consegue cumprir a meta de produção mensal", destaca Roberto Altenhofen, analista da Empiricus Research.

Fonte: Brasil Econômico

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