Pela quarta semana consecutiva, as expectativas para o crescimento econômico de 2012 e do próximo ano ficaram mais pessimistas, mostra pesquisa do BC.
Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus repetiram o comportamento das últimas semanas e cortaram sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012, de 1,27% para 1,03%.
A previsão para o ano que vem também recuou pela quarta semana consecutiva, de 3,70% para 3,50%.
Os dados constam da pesquisa Focus, realizada pelo BC com cerca de 100 economistas, coletando suas projeções para os principais indicadores da economia brasileira.
Este é o segundo relatório após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que cresceu 0,6% entre julho e setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), decepcionando as estimativas do mercado.
Após a divulgação do dado, diversos economistas ajustaram suas projeções, alguns estimando uma expansão inferior a 1% neste ano.
Inflação
Em relação aos preços, os economistas ouvidos pelo BC elevaram seu prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012, de 5,43% para 5,58%.
Para 2013, as estimativas para o IPCA permaneceram inalteradas pela segunda semana consecutiva em 5,40%.
Em relação ao IGP-M, a projeção subiu para este ano, retomando após oito quedas consecutivas, passando de 7,46% para 7,60%. Além disso, a estimativa para o ano que vem passou de 5,11% para 5,29%, interrompendo o movimento de queda.
No mesmo sentido, o prognóstico do mercado para o IGP-DI também indicou avanço, ao passar de 7,64% para 7,80% em 2012 e de 5,17% para 5,25% em 2013.
Câmbio
A avaliação dos economistas consultados pela autoridade é de que a cotação do câmbio irá encerrar dezembro próximo em R$ 2,08, frente a uma previsão de R$ 2,07 na semana passada.
Para o próximo ano, as estimativas apontam para uma taxa do câmbio também de R$ 2,08, ante R$ 2,06 na última aferição.
Selic
Sobre os rumos da política monetária, os especialistas entendem que a autoridade não deve promover alterações na taxa básica de juros até dezembro de 2013, uma vez que as projeções para o próximo ano seguem nos atuais 7,25%.
Fonte: Brasil Econômico
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