Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Com cenário externo instável, Ibovespa pode desvalorizar


Aqui no Brasil, os economistas consultados pelo Banco Central reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção do Produto Interno Bruto para este ano, de 1,27% para 1,03%.

Após bons resultados na sexta-feira (7/12), como os dados de emprego nos Estados Unidos, o Ibovespa pode retrair nesta segunda-feira (10/12), mesmo com indicadores positivos vindos da China, acompanhando o mau humor externo. A situação na Europa pode deixar volátil o principal índice da bolsa doméstica.

No domingo (9/12), foi anunciado que a produção industrial do gigante asiático aumentou 10,1% em novembro. A expectativa do mercado era de alta de 9,8%. Esta é a maior alta em oito meses. Com a junção desses dois fatores, os investidores sinalizam retomada mais acelerada da economia mundial para o ano que vem.

No entanto, o otimismo foi reduzido por conta de receio em relação à Europa e incertezas nos Estados Unidos. Em instantes, o Ibovespa futuro tinha baixa de 0,48%.

Nos Estados Unidos, a volatilidade deve predominar, uma vez que a agenda econômica está vazia. Por lá, a questão do "abismo fiscal" voltará novamente ao foco do investidor.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, ontem, para negociar formas de evitar o "abismo fiscal". No entanto, ainda sem negociações contundentes.

Há pouco, o futuro de Wall Street recuava. O Dow Jones perdia 0,27%, o S&P caía 0,34% e o Nasdaq desvalorizava 0,34%.

Na Europa, pessimismo generalizado afeta as principais bolsas da região, após o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, ter sido demitido neste final de semana. O novo nome a ser cotado é a volta de Silvio Berlusconi.

Segundo André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o clima ficou mais tenso entre os líderes europeus. "O receio é que um discurso menos fiscalista surja no seio político da Europa o que jogaria por terra os esforços de coordenar credores com devedores da Zona do Euro. É um evento sério que pode trazer ruídos intensos neste fim de ano", explica.

Por causa disso, o ministro da economia espanhol, Luis de Guindos, manifestou preocupação pelo contágio imediato da Espanha, causado pela instabilidade política na Itália.

Neste cenário, o FTSE, de Londres, tem queda de 0,34%, o DAX, da Alemanha, perde 0,68% e o CAC, de Paris, retrai 0,75%.

A notícia deixou em segundo plano dados das economias da região. O superávit da balança comercial da Alemanha cresceu em outubro de 2012, contabilizado em € 15,8 bilhões, contra saldo positivo de € 11 bilhões um ano antes.

Além disso, a confiança do investidor da Zona do Euro voltou a avançar no décimo segundo mês neste ano.

Aqui no Brasil, os economistas consultados pelo Banco Central reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção do Produto Interno Bruto para este ano, de 1,27% para 1,03%.

Fonte: Brasil Econômico

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