Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DF é destaque negativo no tratamento de resíduos


A correta destinação dos resíduos sólidos produzidos no Distrito Federal ainda é um grande problema a ser enfrentado pelo governo. Diariamente, cerca de 8,7 mil toneladas de lixo chegam ao Lixão da Estrutural que, sem a correta destinação e tratamento, colocam Brasília abaixo da média na lida com os resíduos sólidos. É o que aponta o Índice de Cidades Verdes da América Latina, desenvolvido pela organização Economist Intelligence Unit (EIU), que analisou 17 cidades latino-americanas e diagnosticou uma situação de pouco cuidado com os resíduos na capital brasileira.  A pior entre todas as analisadas.


O fraco desempenho da cidade, conforme o estudo, se deve à elevada taxa de produção de resíduos. Por ano, cada brasiliense produz em média 875 quilos de lixo. Esse fato negativo coloca a capital como um dos locais onde a taxa de produção de resíduos é mais alta que a média do índice das cidades pesquisadas, que é de 465 quilos anuais por habitante.


Comparações
Mesmo comparando a quantidade produzida pelos moradores do DF com o de outras cidades onde a renda da população é mais elevada, os brasilienses continuam como campeões na produção de resíduos. Nestas outras cidades latino-americanas de renda mais elevada, a média de lixo por habitante é de 657 quilos por ano.


Por aqui, 95% dos resíduos produzidos são coletados e têm como principal destinação o Lixão da Estrutural. Esse índice é um ponto percentual abaixo da média captada nas 17 cidades pesquisadas. Porém, o grande destaque que mancha a imagem da cidade é o fato de a capital do País ser uma das poucas cidades de grande porte no Brasil que ainda possui um depósito de lixo a céu aberto.


Segundo o diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, o GDF segue uma linha de trabalho que deverá culminar com o fechamento do Lixão da Estrutural até julho de 2013. Enquanto esse prazo não se encerra, processos licitatórios deverão ser finalizados para a construção e operação do novo aterro sanitário do DF, que será implementado em Samambaia. “O Lixão da Estrutural tem mais de 50 anos e para fechá-lo não é simplesmente passar um cadeado na porta. Temos hoje a construção de um novo aterro, as licitações estão avançadas e temos a previsão de fechá-lo definitivamente até julho”, prevê o diretor.

No Lixão da Estrutural, que tem aproximadamente dez quilômetros quadrados de extensão, a capacidade de armazenamento já ultrapassou a marca de 30 milhões de toneladas de resíduos e ainda dispõe de 25% de espaço para o armazenamento de lixo. Por lá, uma média de mil caminhões descarregam os resíduos todos os dias.

Fonte: Jornal de Brasília

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