Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Em reunião sobre a Rio+20, embaixador diz que erradicação da pobreza requer padrões sustentáveis

Brasília - Em 2050, a classe mais pobre deverá diminuir em todo o mundo, o que levará mais de 90 bilhões de pessoas a serem incluídas na classe média, disse hoje (3) o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ministério da Relações Exteriores, embaixador André Aranha Corrêa do Lago. Para garantir que todas essas pessoas tenham acesso à tecnologia e ao desenvolvimento é preciso investir em padrões sustentáveis, segundo o diretor.
“É possível que tenhamos diferentes fórmulas, dependendo da região. Mas é possível erradicar a pobreza. Temos de ter padrões sustentáveis, pensar no próximo passo”, disse ao participar de reunião com parlamentares da União Europeia e do Brasil sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
“Na conferência, nada será terminado. Será começado. Temos de ser hábeis para criar um estilo de vida mais sustentável”, ressaltou.
O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), integrante da subcomissão da Câmara criada para tratar da Rio+20, disse que o principal desafio do encontro será simplificar as discussões sobre desenvolvimento sustentável e economia verde, considerados os principais pilares do evento.
“O desafio é tentar simplificar. Ou vamos nos afogar em um mar de palavras, como frequentemente ocorre”, disse o parlamentar. Ele lembrou que a Rio+20 não é uma conferência apenas sobre o clima, como foi a Eco 92, mas sim um evento mais abrangente, que deve reunir diferentes iniciativas complexas. “Vinte anos depois, é importante pensar o que foi feito”, reforçou.
A deputada da Espanha Pillar Del Castillo tem a mesma opinião. Para ela, existem diversas iniciativas, como a Agenda 21 e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que podem dificultar a objetividade das conversas. “O problema é que estamos tão confusos com tantas coisas que só falamos, falamos, falamos.” Para ela, é preciso dar ênfase “em eficiência, inovação e tecnologia.”
De 13 a 22 de junho, o Rio de Janeiro será a sede mundial das discussões sobre a economia verde, desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, inclusão social, produção e consumo de recursos naturais. Pelos dados dos organizadores, mais de 90 presidentes e primeiros-ministros confirmaram presença. A expectativa é que mais de 50 mil pessoas participem das discussões.

Fonte: Agência Brasil

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