Fonte: Jornal do Meio Ambiente
Com objetivo de melhorar a qualidade do planejamento territorial e contribuir com a mudança do modelo de desenvolvimento das cidades brasileiras, a Fundação Vanzolini desenvolveu o referencial técnico do Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental) para bairros e loteamentos.
A certificação, adaptada para o Brasil a partir do processo francês HQE Amenagément, considera a gestão do projeto, da construção, do uso e da operação de bairros e loteamentos sustentáveis para a obtenção dos níveis de desempenho planejados.
As certificações de empreendimentos realizadas pela Fundação Vanzolini têm causado mudanças na cultura da construção civil brasileira e, de acordo com o coordenador executivo do Processo AQUA, o professor Manuel Carlos dos Reis Martins, “o referencial técnico para bairros e loteamentos prevê um desenvolvimento coerente com o tecido urbano como decorrência do planejamento territorial de regiões, além de promover a sustentabilidade econômica do entorno”.
Para alcançar a certificação AQUA, o empreendedor que concebe e lança o projeto de um bairro ou loteamento precisa atender às exigências de 17 objetivos de desempenho, divididos em três grandes temas: integração e coerência do bairro (cinco critérios); recursos naturais, qualidade ambiental e sanitária do bairro (sete) e vida social e dinâmicas econômicas (cinco). Nenhum dos 17 objetivos pode ficar abaixo do nível bom, que corresponde ao nível legal mais rigoroso, sendo que pelo menos nove devem atingir desempenhos superiores ou excelentes.
O primeiro condomínio sustentável do Brasil e certificado pelo Processo AQUA fica em São Carlos - o Residencial Damha Golf I, da Damha Incorporadora. Está localizado a cinco quilômetros do Centro da cidade, às margens da rodovia SP-318, que liga São Carlos a Ribeirão Preto. No Damha Golf I, oito categorias foram avaliadas em nível excelente; quatro atingiram o nível superior e cinco foram avaliadas em nível bom.
17 critérios do Processo AQUA para bairros e loteamentos:
Integração e a coerência do bairro
1. território e contexto local
2. densidade
3. mobilidade e acessibilidade
4. patrimônio, paisagem e identidade
5. adaptabilidade e potencial evolutivo
Recursos naturais, qualidade ambiental e sanitária do bairro
6. água
7. energia e clima
8. materiais e equipamentos urbanos
9. resíduos
10. ecossistemas e biodiversidade
11. riscos naturais e tecnológicos
12. saúde
Vida social e dinâmicas econômicas
13. economia do projeto
14. funções e pluralidade
15. ambientes e espaços públicos
16. inserção e formação
17. atratividade, dinâmicas econômicas e estruturas de formação locais
Fonte: Jornal do Meio Ambiente
Fonte: Jornal do Meio Ambiente
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