Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, inaugurou ontem (5), em Brasília, as novas instalações do Laboratório de Produtos Florestais (LPF), do Serviço Florestal Brasileiro, destinado a pesquisas sobre secagem e preservação de madeira, que servem para aumentar a durabilidade do produto e também ao adequado tratamento para sua utilização industrial.
Ao inaugurar o prédio, a ministra Izabella Teixeira lembrou sua passagem pela área do meio ambiente como pesquisadora, já que é bióloga por formação, e trabalhou no mesmo local. Ela chamou antigos colegas para participarem do descerramento da placa de inauguração do prédio e falou da importância de se fortalecer a pesquisa florestal, sobretudo na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá em junho no Rio de Janeiro.
Segundo a ministra, a presidenta Dilma Rousseff recomendou expressamente que a delegação brasileira se empenhe para a realização de mesas que abordem os temas florestas e águas. Ela ressaltou a importância do LPF para o meio ambiente do país, pois, além de auxiliar no uso sustentável dos recursos florestais, “esse trabalho permite que a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis [Ibama] saiba que espécie de madeira está sendo objeto de desmatamento ilegal e dessa forma qualificar as infrações”.
Outro ponto mencionado pela ministra é a realização de pesquisas com a madeira que servem para melhorar a qualidade de vida das pessoas, como a de um composto anticancerígeno. Por isso, ressaltou que a finalidade do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores é “proteger o homem e o meio ambiente”. Izabella Teixeira incentivou a equipe do Serviço Florestal, dizendo que “o desafio é irmos além do que atingimos”, e que terão o seu apoio.
A secagem é o primeiro passo do tratamento pela qual passa a madeira após a extração, e sua finalidade é torna-la mais resistente à ação do tempo e aos ataques de fungos, principalmente. As pesquisas do LPF contribuem para as indústrias do setor madeireiro e moveleiro com informações sobre o comportamento de diversas espécies de madeira durante a secagem a fim de garantir a qualidade do produto, evitando defeitos como rachaduras e empenamentos.
Outro aspecto importante do trabalho do laboratório é a caracterização tecnológica de 300 espécies nativas pouco conhecidas, principalmente na região amazônica, com a elaboração de programas de secagem e de tratamento de madeira.
Fonte: Agência Brasil
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